Resultados Anuais de 2021

11 fev. 2022

Caixa Geral de Depósitos apresenta os Resultados Consolidados do ano 2021

(Informação financeira não auditada)

CGD alcança uma rentabilidade de 7% (ROE), com um resultado líquido de 583 M€, aumentando a rentabilidade em 44% no estrangeiro. Sucesso do Plano de Reestruturação reconhecido a nível europeu, no mercado e por reguladores.

No exercício de 2021, o Grupo Caixa Geral de Depósitos gerou um resultado líquido consolidado de 583 milhões de euros, (+,18,7% face a 2020), equivalente a uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 7%.

O ano foi marcado, decisivamente, pela confirmação da conclusão do Plano Estratégico 2017–2020, com sucesso reconhecido a nível europeu, monitorizado pela DG Comp (Autoridade da Concorrência da União Europeia). O sucesso atingido permitiu à Caixa o pagamento de dividendos não previstos inicialmente no Plano, suportados em níveis de eficiência, qualidade de ativos e solvabilidade alinhados às referências para a banca europeia.

A concretização dos objetivos delineados obteve o reconhecimento das agências de rating. A Moody’s subiu o rating por duas vezes, marcando o regresso à notação de investment grade após um período de dez anos. A Fitch alterou o outlook para positivo, perspetivando uma subida em 2022, e a DBRS afirmou o rating atribuído. A Caixa está assim, atualmente reconhecida como investment grade por duas agências internacionais.

O volume de negócios teve um crescimento de 8,4 mil milhões de euros (+6,8%) face a 2020, impulsionado não só pelo crescimento do crédito mas também dos recursos, com destaque para os depósitos de clientes e a colocação de fundos de investimento.

Num enquadramento de recuperação da economia, o crédito consolidado apresentou um crescimento de 3,8%. Em Portugal, a quota de mercado acumulada da nova produção de crédito à habitação atingiu os 23,8% em novembro 2021 registando-se um crescimento face a 2020 de +46% no montante concedido. A Caixa manteve a tendência de crescimento acima do setor e reforçou a sua quota de mercado face a 2020.

Relativamente ao crédito a empresas, num contributo para a recuperação da economia Portuguesa, destacam-se crescimentos assinaláveis na produção em 2021 nas soluções de apoio às PME, em produtos core como o financiamentos de médio e longo prazo (+12% em 2021 e +34% no período 2017/2021), trade finance (+70% nos créditos documentários e remessas), leasing (+16% no leasing mobiliário) e seguros (+22% nos seguros não financeiros).

Com o fim das moratórias em Portugal, foram criadas medidas de apoio às famílias e empresas, que passaram pela adequação do plano financeiro dos empréstimos à efetiva liquidez dos clientes.
Os depósitos de clientes aumentaram 6,1 mil milhões de euros (+10,0%) em 2021 em Portugal, impulsionados pelo aumento da taxa de poupança das famílias e demonstrando a confiança e vinculação dos clientes na Caixa. Também em Portugal, a colocação de fundos como alternativa de poupança num contexto de taxas negativas, registou um crescimento assinalável (+38%).

O investimento continuado e expressivo na transformação digital permitiu à Caixa atingir a marca dos 2 milhões de clientes digitais ativos, o maior franchise digital em Portugal. A transacionalidade e capacidade de geração de negócio nestes canais continua a contribuir para a eficiência do banco, com mais de 94% das transações dos clientes a terem lugar em meios não presenciais.

O rácio de cost-to-income desceu para 47,9%, refletindo uma tendência sustentada de evolução dos níveis de eficiência, num contexto em que o investimento acentuado entre 2017 e 2022 atingiu um valor de 335 milhões de euros nestes 5 anos.

A qualidade dos ativos registou uma melhoria que permitiu atingir um rácio de NPL líquido de imparidades de 0% (zero) quando consideradas todas as imparidades de crédito, e um rácio de Non-Performing Loans de 2,8%. O nível de cobertura específica foi reforçado para 65,3%, substancialmente acima da média dos bancos europeus de 45,1%. As novas imparidades de crédito alcançaram 205,1 milhões de euros em 2021, sendo de assinalar o elevado nível de recuperações (-164 milhões de euros) traduzido num custo de risco de crédito de 8 p.b.

A atividade internacional reforçou o seu contributo para o resultado líquido do Grupo, registando um crescimento de 44% para um valor de 133 milhões de euros (cerca de 23% do total).

Em 2021, a Caixa realizou a primeira emissão de dívida sustentável efetuada por um banco Português, no montante de 500 milhões de euros, tendo alcançado um cupão de 0,375%, o mais baixo de sempre pela Caixa em emissões em mercado de capitais. A emissão de dívida sénior preferencial contribui para o cumprimento do objetivo intermédio estabelecido para os rácios de MREL em janeiro de 2022.

A Caixa finalizou 2021 com uma robusta posição de capital, com o rácio CET1 em 18,2%, muito acima da média dos bancos Portugueses e Europeus. Tier 1 e rácio Total, incluindo o resultado líquido, situaram-se em 18,2% e 19,7%, respetivamente. No âmbito do teste de stress na UE realizados em 2021 aos maiores bancos abrangidos pelo Mecanismo Único de Supervisão, a Caixa foi o 10º grupo bancário com menor redução de capital entre os 50 bancos incluídos no teste de esforço.

Já em 2022, e aplicável a partir desse ano, o requisito de Pilar 2 passou a 2%, o que representa uma redução face a 2021 de 0,25%. A redução do requisito para a Caixa, em tendência favorável face à registada para o setor (que sobe de 2,1% para 2,3%), confirma, dessa forma, a melhoria da perceção que o Supervisor tem sobre o risco global da instituição.

Igualmente no inicio do ano, a Caixa recebeu autorização para proceder ao exercício da call da emissão AT1, confirmando a avaliação positiva da solidez financeira da Caixa e permitindo uma redução substancial (54 milhões de euros / ano) de custos, o que irá vai permitir uma poupança anual de 54 milhões de euros em exercícios futuros, com reflexo já em 2022 de cerca de 40 milhões nos últimos nove meses.

Aviso

As demonstrações financeiras foram preparadas com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, e das disposições do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de fevereiro. A informação financeira reportada é não auditada.

A participação acionista no Banco Comercial do Atlântico (BCA) deixou, em dezembro de 2021, de estar classificada em “Ativos não correntes detidos para venda”, razão pela qual e apenas para efeitos comparativos, as contas de 2020 foram reexpressas.

Os valores e rácios apresentados reportam-se a 31 de dezembro de 2021, exceto menção em contrário. Os mesmos poderão ser valores estimados, sujeitos a alteração aquando da sua determinação definitiva. Os rácios de solvabilidade incluem o resultado líquido do período, salvo indicação específica.

Em 2021, a atividade económica em Portugal e no mundo em geral foi significativamente afetada por novas variantes da pandemia Covid 19 que resultaram na imposição de novas medidas de contenção que condicionaram o exercício de um conjunto vasto de atividades económicas. A partir do terceiro trimestre de 2021 assistiu-se ao gradual levantamento destas restrições, contudo as perspetivas económicas permanecem rodeadas de incerteza, em parte devido ao aparecimento de uma nova variante, e a necessidade de reforço e alargamento da vacinação.

A economia portuguesa mantém o processo de recuperação iniciado a partir do terceiro trimestre de 2020, apesar do impacto mais prolongado em determinados setores e empresas. O Banco de Portugal e as instituições supranacionais antecipam uma aceleração do crescimento em 2022 em função do levantamento das medidas de restrição, da redução da taxa de poupança e da recuperação dos principais parceiros comerciais. Contudo, no último Relatório de Estabilidade Financeira o Banco de Portugal alerta que “a incerteza na vertente sanitária e a acumulação de algumas vulnerabilidades podem se traduzir na materialização de riscos no médio-prazo. Os efeitos da pandemia não estão ultrapassados, nem integralmente materializados, sendo ainda incerta a sua extensão total.”

Em face deste contexto, tendo por referência a informação disponível à data, a Caixa estimou e refletiu nas suas demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro de 2021 a sua melhor estimativa dos efeitos financeiros decorrentes desta pandemia, incluindo no que se refere à valorização dos seus ativos e à mensuração das perdas esperadas na carteira de crédito, os quais serão sujeitos a monitorização e revisão contínua.

O presente documento destina-se apenas a disponibilizar informação de caráter geral, não constituindo aconselhamento sobre investimento ou aconselhamento profissional, nem podendo ser interpretado como tal.

Ver documento completo
Ver documento de apresentação de resultados

Acesso Caixadirecta

Acesso Caixadirecta