Raios UV

Raios UV: o que são e quais os seus efeitos na saúde e ambiente

Sustentabilidade

Saiba o que são os raios UV e porque são uma ameaça invisível para a saúde e para o ambiente. Descubra também o que podemos fazer. 27-06-2024

Tempo estimado de leitura: 5 minutos


A camada de ozono que nos protege da radiação ultravioleta está a ser danificada pela poluição atmosférica. Isto significa que mais raios UV estão a atingir a superfície da Terra e a exposição representa um risco crescente para a saúde humana.

Perceba o que são os raios UV, quais os seus efeitos na nossa saúde e o que podemos fazer para atenuar os seus efeitos.

 

O que são raios UV?

Os raios ultravioleta (UV) são um tipo de radiação eletromagnética emitida pelo sol. Têm uma frequência maior do que a luz visível, o que quer dizer que os nossos olhos não os podem ver, mas a pele consegue senti-los. Podem ser divididos em três tipos, de acordo com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo:

  • Ultravioleta C (UVC):são os mais perigosos, mas são absorvidos pela atmosfera terrestre (essencialmente pela camada de ozono) e não atingem a superfície da terra;
  • Ultravioleta B (UVB): são os responsáveis pelas queimaduras solares e pelo cancro de pele. São parcialmente absorvidos pela atmosfera terrestre, mas 5% ainda chegam à terra;
  • Ultravioleta A (UVA): são responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele e aumentam as probabilidades de cataratas e outros danos nos olhos. São os menos filtrados, representam 95% dos raios ultravioletas que chegam à superfície terrestre.

 

Tome Nota:
De todas as radiações emitidas pelo sol, os raios ultravioleta são os que apresentam mais perigos. É a camada de ozono que nos protege contra esta radiação, atuando como um escudo para impedir que a maior parte dos raios UV atinja a superfície da terra.

 

Leia também:

 

Como é que os raios UV afetam a saúde humana

Os aumentos dos níveis de UV na superfície terrestre são prejudiciais à saúde humana. O acréscimo da incidência de determinados cancros de pele, as queimaduras solares, as cataratas oculares e os distúrbios de imunodeficiência são, de acordo com a Comissão Europeia, alguns dos efeitos negativos associados.

 

Tome Nota:
Embora emitida pelo sol, a radiação ultravioleta chega à terra quer esteja um dia ensolarado ou enevoado. Embora a nebulosidade atenue a radiação UV, é suficiente para causar danos, por exemplo na pele.

 

Como é que nos podemos proteger?

Reunimos os conselhos publicados por diferentes especialistas para minimizar a exposição aos raios UV:

  • Devemos evitar o pico da radiação ultravioleta (entre as 11h e as 16h);
  • Procurar sombras e locais frescos;
  • Cobrir a pele exposta, de preferência com roupa de proteção solar;
  • Usar chapéu de abas largas;
  • Proteger os olhos com óculos de sol com certificação UV;
  • Pôr protetor solar (uma camada generosa e renovar de 2 em 2 horas);
  • Beber água para manter a pele hidratada.

Ainda que a radiação UV seja prejudicial à saúde humana, a exposição insuficiente também tem efeitos negativos, como os relacionados com a deficiente produção de vitamina D, que é responsável por doenças como osteoporose, raquitismo ou cardiovasculares.

 

Leia também:

 

E quais os efeitos no equilíbrio ambiental?

Os raios UV afetam ainda os ecossistemas aquáticos e terrestres, causando alterações no crescimento, nas cadeias alimentares e nos ciclos bioquímicos. Principalmente nos diferentes ecossistemas aquáticos, logo abaixo da superfície da água, que são a base da cadeia alimentar.

A radiação ultravioleta afeta também o crescimento das plantas, fator que reduz a produtividade agrícola. Além disso, a destruição do ozono estratosférico influencia a distribuição da temperatura na atmosfera, o que resulta numa variedade de impactos ambientais e climáticos.

Como proteger a camada de ozono?

As substâncias que destroem a camada de ozono ainda estão presentes em muitos tipos de equipamento e aparelhos mais antigos. Por isso é crucial saber como lidar com essas substâncias. A Comissão Europeia apresenta algumas medidas que todos podemos adotar:

  • Escolher produtos e equipamentos com a etiqueta amigos do ozono;
  • Evitar produtos de madeira tratada com brometo de metilo;
  • Não usar sprays com indicação de CFC;
  • Certificar-se de que frigoríficos, congeladores e aparelhos de ar condicionado anteriores a 1995 são reciclados ou descartados em segurança;
  • Se for necessária a reparação de aparelhos antigos, garantir que os técnicos sabem lidar com essas substâncias para evitar libertação na atmosfera;
  • Nas obras de renovação de casa certificar-se de que as espumas de isolamento antigas são descartadas como resíduos ambientalmente perigosos;
  • Trocar os extintores de incêndio com halons por opções menos lesivas para a  camada de ozono.

 

Buraco do Ozono
O buraco do ozono é uma região da estratosfera terrestre onde a concentração de ozono é significativamente menor do que o normal. Ocorre principalmente sobre a Antártida, no final do inverno e no início da primavera. A maior parte das substâncias que destroem a camada de ozono (sistemas de refrigeração, aerossóis ou pesticidas, por exemplo) emitidas pelas atividades humanas, permanecem na estratosfera durante décadas, o que significa que a recuperação da camada de ozono é um processo muito lento. Podemos acompanhar o estado do buraco na camada de ozono no portal Copernicus.

 

Leia também:

 

A informação deste artigo não constitui qualquer recomendação, nem dispensa a consulta necessária de entidades oficiais e legais.