Voluntariado

Quer ser voluntário? Procure o projeto que mais se adequa ao seu perfil

Sustentabilidade

Quer ser voluntário e não sabe por onde começar a procurar? Listamos algumas oportunidades que talvez lhe interessem. 15-07-2019

O voluntariado é talvez uma das formas mais interessantes de participação cívica. É uma oportunidade efetiva para aplicar os seus talentos em benefício da comunidade e da população mais vulnerável.

Por isso, se está interessado em fazer voluntariado, mas não sabe muito bem por onde começar a procurar oportunidades de colaboração, talvez o possamos ajudar.

Aconselhamo-lo, em primeiro lugar, a analisar as suas motivações, disponibilidade, talentos e possíveis áreas de ação. Isto é, comece por definir o seu perfil de voluntário. Depois disso, será definitivamente mais fácil encontrar as oportunidades certas para o seu perfil.

O ponto de partida para ser voluntário

De norte a sul do país existem inúmeras oportunidades de voluntariado, apesar de pouco divulgadas. Há, inclusive, casos de empresas e outras entidades que estimulam os seus colaboradores a fazer voluntariado, como de resto sucedeu com uma recente ação promovida ainda este ano pela Caixa Geral de Depósitos (ver caixa de texto) 

Há bastantes pessoas e organizações interessadas numa relação de proximidade com comunidades e com a sociedade em geral.

Para ajudá-lo a também tornar-se num voluntário, talvez um bom ponto de partida seja começar por analisar a página da Bolsa do Voluntariado.  Aqui encontrará várias organizações e empresas que precisam da sua ajuda e dos seus talentos.

Em termos de áreas de ação a lista é bastante extensa: desporto, ambiente, novas tecnologias, educação, saúde, solidariedade social, entre muitas outras.

A página disponibiliza ainda um conjunto de testemunhos dos voluntários inscritos no projeto da Bolsa do Voluntariado e é interessante perceber a abrangência das profissões destas pessoas que fazem questão de ajudar quem mais precisa: contabilistas, motoristas, professores, médicos, assistentes sociais, informáticos, advogados, engenheiros e até atores.

Aliás, este projeto, que foi lançado em 2006, arrancou com 5521 voluntários inscritos e tem sido uma plataforma essencial para a oferta e procura de serviços de voluntariado.

Outras plataformas de âmbito nacional a considerar
Em alternativa à Bolsa do Voluntariado pode também consultar a página do Conselho Nacional Para a Promoção do Voluntariado. Aqui poderá pesquisar por organizações e entidades por concelho, por tipo de Atividade, por população-alvo ou Bancos Locais de Voluntariado (BLV).

Portugal Voluntário também é uma plataforma a considerar. Sistematiza a informação relativa à oferta e à procura do voluntariado, em todos os domínios de atividade, mediante a inscrição de organizações promotoras e de voluntários e a submissão de ações de voluntariado.

Apresenta-se como um instrumento de qualificação, responsabilização e dinamização do voluntariado em Portugal, na medida em que procura qualificar os voluntários e as organizações promotoras de voluntariado; promover um voluntariado responsável e seguro para todos os intervenientes; e dinamizar e concentrar o fluxo de informação nesta área.

Voluntariado internacional: oportunidades
No caso de pretender ter uma experiência de voluntariado internacional, poderá pesquisar oportunidades nas seguintes páginas:

Importa, contudo, frisar que a ação dos voluntários internacionais foca-se sobretudo em países em processo de desenvolvimento e implica outro tipo de disponibilidade, uma vez que estas ações são distribuídas por períodos mais ou menos longos.

Se não tiver disponibilidade para se ausentar do país, tem sempre a oportunidade de fazer voluntariado online. Por exemplo, as Nações Unidas têm vagas para voluntários em áreas como tradução, design, gestão de projeto ou desenvolvimento tecnológico.

Apostar no voluntariado pode passar por apostar na educação para o voluntariado e é isso que acontece com o projeto Young Volunteam que a CGD promove com o sentido pedagógico de sensibilizar para uma prática de voluntariado. O projeto envolve a comunidade de estudantes do secundário entre os 15 e os 17 anos e atua na valorização da cultura do voluntariado com vista também a fomentar a apetência pela mobilidade, pela curiosidade e o pelo empreendedorismo.
Paralelemente, e por altura do seu 143ª aniversário, em abril, a CGD promoveu uma série de ações de voluntariado por todo o país. A partilha do tempo de cada Voluntário Caixa foi dedicada à sociedade, ao ambiente e às causas comuns a todos os portugueses. Foi um momento de partilha generosa com a comunidade mas também de convívio entre colaboradores.

Legislação: direitos e deveres que regulam o voluntariado

O voluntário beneficia de um conjunto de direitos consagrados na Lei, entre eles:

  • Desenvolver um trabalho de acordo com os seus conhecimentos, experiências e motivações;
  • Ter acesso a programas de formação inicial e contínua, “tendo em vista o aperfeiçoamento do seu trabalho voluntário”;
  • Receber apoio no desempenho do seu trabalho com acompanhamento e avaliação técnica;
  • Exercer o trabalho voluntário em condições de higiene e segurança;
  • Ser reconhecido pelo trabalho desenvolvido;
  • Dispor de um cartão de identificação de voluntário.

A par dos direitos, o voluntário também tem que cumprir um conjunto de deveres, a saber:

  • O respeito pela dignidade da pessoa humana, convicções ideológicas, religiosas e culturais, pela vida privada e salvaguarda da exposição pública dos beneficiários;
  • Assegurar o sigilo sobre assuntos confidenciais;
  • Agir com bom senso na resolução de questões imprevistas;
  • Atuar de forma gratuita e desinteressada, sem esperar contrapartidas.

Na relação com organizações, os voluntários devem ainda assegurar que:

  • Seguem os princípios e normas que regulam a atividade da organização;
  • Conhecem e respeitam as regras de funcionamento da organização e dos respetivos programas e projetos;
  • Atuam de forma diligente, isenta e solidária;
  • Zelam pela boa utilização dos bens e meios colocados ao seu dispor;
  • Têm autorização prévia antes de assumir o papel de representantes da organização perante terceiros.