Sabe qual é a diferença entre loja virtual e marketplace?

Formação e Tecnologia

Ambos referem-se a espaços de comércio eletrónico mas existem diferenças na escala e no modo como operam. Saiba quais. 14-10-2021

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

Costuma fazer compras online? Descubra as diferenças entre a loja virtual e o marketplace, e as regras pelas quais cada um se rege.

Muitas são as marcas, nacionais e internacionais, que utilizam as plataformas de comércio online para vender os seus produtos e serviços. Talvez conheça e até utilize algumas. A pandemia de Covid-19 e os momentos de confinamento vieram dar um especial destaque aos canais digitais como meio de venda.

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Mas, enquanto consumidor, será fácil a distinção entre esses vários canais? Qual é a diferença entre uma loja virtual e um marketplace? E quais as garantias que lhe são dadas numa e noutro?

Fique a conhecer um pouco melhor estes conceitos e perceba de que forma estão ou não salvaguardados os seus direitos quando faz compras online nestas plataformas.

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Diferenças entre loja virtual e marketplace

Nos últimos anos, o comércio eletrónico (e-commerce) tem vindo a afirmar-se, uma tendência que a pandemia ajudou a acelerar.

Em 2020, o número de consumidores que compraram online aumentou de forma generalizada em toda a Europa, de acordo com os dados do Eurostat divulgados em fevereiro.

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Em Portugal, 45% dos utilizadores de internet entre os 16 e os 74 anos encomendaram bens ou serviços online nos 12 meses que antecederam o inquérito. Um número, apesar de tudo, bastante abaixo da média da União Europeia, em que 72% dos utilizadores de internet entre os 16 e os 74 anos utilizaram este canal para fazer compras. Roupa, calçado e acessórios foram dos bens mais comprados em toda a Europa.

Quer seja por questões de comodidade ou maior variedade da oferta, a verdade é que o comércio eletrónico já faz parte da vida dos consumidores. E o mercado de compras online faz-se através de vários canais. Mas nem todos funcionam da mesma forma ou com as mesmas regras. Vejamos então as diferenças.

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O que é uma loja virtual?

Uma loja virtual é um espaço de compra e venda de produtos de determinada marca ou empresa, apenas. Nalguns casos, a sua presença é exclusivamente virtual (ou seja, não tem uma loja física associada) mas, na maioria das vezes, as lojas online têm uma congénere física.

O conceito envolve, no entanto, muito mais do que a mera criação de um site. Com recurso a ferramentas digitais, uma loja online permite ao consumidor escolher os artigos que pretende comprar, ter atendimento online (através de uma plataforma de chat, por exemplo), efetuar o respetivo pagamento, assim como fazer o pedido de troca ou devolução, tudo à distância de um clique e sem ter de sair de casa.

O pagamento é feito diretamente à loja, responsável pelo envio das encomendas assim como por assegurar a garantia dos produtos vendidos e pela resolução de eventuais reclamações.

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**O que é um marketplace?**

O conceito de marketplace é coletivo e pode comparar-se a um centro comercial digital. Ou seja, numa mesma plataforma, várias empresas ou particulares podem anunciar e vender os seus produtos, oferecendo, assim, ao cliente, um leque muito vasto de opções. Entre as plataformas de marketplace mais conhecidas em Portugal estão, nomeadamente, o OLX, o Dott, a Amazon, ou o eBay.

Em contrapartida, os vendedores que “usufruem” dessa plataforma podem pagar uma taxa pela estrutura e divulgação e, na maioria dos casos, uma comissão sobre as vendas realizadas.

Há ainda alguns sites (como é o caso da Fnac ou da Worten) que, além da sua própria loja online, integram um marketplace. Nesses casos, os produtos dos vendedores do marketplace surgem num separador diferente. Ainda assim, como alerta a DECO - Defesa do Consumidor, nem sempre é evidente para o consumidor que a compra esteja a ser feita fora da loja online onde acederam.

Em geral, as empresas que detêm e disponibilizam um marketplace não assumem qualquer responsabilidade nas vendas aí realizadas pelos vendedores. E caso surja algum problema, como um atraso na entrega ou um produto com defeito, é ao vendedor que deve reclamar diretamente e não à loja ou marketplace. Por isso, é muito importante ler com atenção os termos e condições antes de comprar.

Tome Nota:

Num marketplace, o consumidor encontra, sobretudo, maior oferta, mas importa ter atenção a quem se compra assim como perceber se aquele ponto de venda é de facto seguro e se os seus direitos como consumidor estão salvaguardados.

Simplificador: A diferença entre loja virtual

No caso de uma loja virtual, o cliente entra no site da Loja X e escolhe um produto que é vendido e enviado pela própria Loja X.

No caso de um marketplace, o consumidor entra na plataforma X e escolhe um produto que está a ser vendido e enviado pelo vendedor Y.

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O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?

Quando pagar as suas compras online com cartão, deve ter em conta o sistema de dupla autenticação exigido pelas autoridades europeias e que passam pelo uso de uma app bancária.

Saiba Mais Aqui.

O que deve ter em conta antes de fazer compras online?

Se está a pensar fazer uma compra através da internet, a DECO - Defesa do Consumidor aponta, a este propósito, alguns aspetos a ter em atenção.

Antes de mais, verifique se o produto que pretende adquirir está a ser vendido por uma loja online, de uma respetiva marca, ou se por um vendedor do marketplace.

Caso deseje comprar através do marketplace, informe-se sobre os termos e condições da empresa que está a vender e perceba como se processam as trocas e devoluções.

Leia também: Regras e custos de desalfandegamento

Ler a área de comentários também pode ser muito útil, especialmente se o vendedor for um particular. Aí terá acesso ao feedback de pessoas que já compraram àquele vendedor. Se os comentários forem negativos, não arrisque.

Numa compra feita a um vendedor estrangeiro, convém saber se há custos alfandegários associados ao envio da encomenda. A resolução de uma reclamação ou o acionamento da garantia também podem ser mais demorados nestes casos.

IVA nas Compras online

Lembre-se que a partir de início de julho, as compras oriundas de países fora da União Europeia, mesmo as de valor inferior aos 22 euros anteriormente estipulados, passaram a pagar IVA. Ou seja, para os consumidores esta taxa passa a estar refletida no preço a pagar sem qualquer pagamento suplementar à entrada no país destino. Leia mais detalhes sobre o assunto neste artigo Saldo Positivo.

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