Erasmus

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Saiba como se preparar para a experiência

Formação e Tecnologia

Prestes a partir para Erasmus? Elaborámos um guia com informação útil para se preparar para esta experiência de mobilidade internacional. 13-07-2019

Somos apologistas que uma experiência Erasmus deveria fazer parte do percurso académico de todos os estudantes universitários. Além de ser uma excelente oportunidade de enriquecer o currículo na preparação para o mercado de trabalho, é uma oportunidade de desenvolvimento e crescimento pessoal.

Se no próximo ano letivo vai fazer Erasmus, o nosso conselho é que tire o máximo partido desta experiência de mobilidade internacional. Antes disso, porém, há uma série de preparativos a fazer, razão pela qual preparámos um guia para o ajudar nessa demanda.

Como preparar-se para o Erasmus: budget, recomendações e cuidados a ter

Uma das principais missões do programa Erasmus é capacitar os jovens, promovendo o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais. A médio e longo prazo este será um fator decisivo para a formação de sociedades mais informadas, inclusivas, coesas e tolerantes.
A experiência Erasmus propriamente dita é, sem dúvida, um desafio e não só em termos de educação e formação. É um desafio e uma prova à autonomia, à capacidade de adaptação a outra cultura e formas de estar, mas sobretudo em relação à disponibilidade (ou abertura) para abraçar novas experiências.
Através deste programa de mobilidade internacional são-lhe dadas oportunidades e é preciso encará-las como um investimento pessoal, além de profissional. Antes de partir, contudo, organize-se com as recomendações do Saldo Positivo.

A importância de dominar a língua do país anfitrião

Seja no âmbito da mobilidade de estudos Erasmus+, seja no âmbito de um estágio internacional, o idioma do país anfitrião (ou o inglês) deve ser dominado o melhor possível. Claro que, com o convívio, o domínio da língua vai-se aperfeiçoando, mas é imperativo que se prepare antecipadamente para esta questão.

Evite a todo o custo candidatar-se a um programa de estudos numa universidade estrangeira, cuja língua não domine de todo. Além de vir a ter muitas dificuldades em perceber o que é dito nas aulas, também terá dificuldades em fazer novas amizades ou em realizar pequenas tarefas do dia-a-dia (ir ao supermercado, a um restaurante, andar de transportes, entre outros).

Não parta do princípio que toda a gente está disponível para falar consigo em inglês (sobretudo se vai estudar em Espanha, França ou Itália). Aconselhamos, por isso, a que se inscreva num curso nas férias para aprender ou testar os seus conhecimentos na língua do país para o qual vai. Se já domina razoavelmente a língua, nada como comprar alguns livros (e uma gramática) em particular para atualizar vocabulário.

Assegurar o alojamento junto da universidade de acolhimento

É importante saber que a quase generalidade das universidades estrangeiras dispõe de um sistema de apoio ao aluguer de quartos, além da larga oferta de residências universitárias. Informe-se diretamente com a universidade de acolhimento sobre esta questão e pergunte quais os procedimentos para a inscrição.

Reunir os documentos necessários antes de partir sem esquecer o Learning Agreement

O Learning Agreement é o documento que deverá ser assinado por todos os intervenientes, inclusive pela universidade ou instituição de Ensino Superior de acolhimento. Antes de partir, certifique-se de que este documento está devidamente assinado. Sempre que for necessária a revisão ou alteração do Learning Agreement, tem, por norma, um período de 30 dias para finalizar e formalizar a nova proposta.
Além do Learning Agreement, faça questão de analisar o Plano de Equivalências que garante, antes da partida, o reconhecimento da proposta de estudos. Isto porque todos os estudantes em Erasmus receberão reconhecimento académico pelo período de mobilidade. Será utilizado para efeitos do Sistema Europeu de Transferência de Créditos (ECTS).
Para terminar, caber-lhe-á a si preparar toda a documentação pessoal, tal como organizar o período de mobilidade propriamente dito. (Contrato Erasmus, Learning Agreement, Carta ou email de aceitação da universidade de acolhimento, Plano de Equivalências, Cartão Europeu de Saúde, Passaporte, Cartão de Cidadão, Vistos de Estudante sempre que se aplicar, alojamento, viagens, entre outros).

Preparar o orçamento

Todos os estudantes Erasmus recebem uma bolsa de estudos, sendo que o seu valor está dependente do nível de vida do país de destino. Apesar de a bolsa ser uma ajuda crucial, se não mesmo essencial, é aconselhável que vá economizando até à partida, no sentido de ter um fundo de maneio para qualquer eventualidade ou mesmo para aproveitar para viajar durante os fins-de-semana.
Já no país de destino, a boa gestão do orçamento é uma competência que terá de desenvolver (mesmo se for uma pessoa que já a tem como adquirida). Nos primeiros tempos, é natural que deixe derrapar o orçamento (saídas com novos amigos, participação em eventos da comunidade universitária, compra de refeições prontas ou de material escolar). O importante é que não se deixe entusiasmar demasiado com a sua independência.

Levar bagagem ligeira e uma boa dose de tolerância e flexibilidade

No que toca aos itens a levar na sua mala de viagem, o nosso conselho é que leve o estritamente necessário. Recorde-se que, desde a chegada ao país de destino até assentar na residência universitária, o caminho vai ser longo - razão pela qual deve fazer-se acompanhar de pouca bagagem.
Em termos de vestuário, leve peças básicas, um bom casaco e dois ou três pares de sapatos (incluindo uns bons ténis). Um pijama, duas toalhas e não se preocupe muito com os artigos de banho, pois pode comprá-los no destino. Faça uso das lavandarias coletivas quando precisar.
Além desta questão, tenha em mente que, provavelmente, vai partilhar quarto com outras pessoas, com costumes e hábitos completamente diferentes dos seus. Seja flexível e tolerante, tendo em vista a boa convivência.
Faça novas amizades, alargue a sua rede de contactos, participe em eventos culturais e tente usufruir da cultura local.

O que fazer na chegada à universidade de acolhimento?

Na chegada ao destino, dirija-se ao Serviço de Relações Internacionais da universidade de acolhimento e proceda de acordo com as indicações que lhe forem dadas. Peça, neste momento, para assinar o Certificado de Chegada e envie-o para a universidade de origem. Não se esqueça que do envio deste documento depende o pagamento da sua bolsa.
Recordamos que, no regresso, deve fazer-se acompanhar:

  • Certificado de Chegada;
  • Certificado de Presença;
  • Learning Agreement;
  • Relatório de Estudante Erasmus+.

Importa ainda saber que, assim que chegar a Portugal, tem uma semana para se dirigir ao Serviço de Relações Internacionais da sua universidade de origem.

E se precisar de pedir um prolongamento do período de mobilidade Erasmus?

Se pretender pedir uma extensão do período de mobilidade, tenha em consideração que:

  • Deve preencher um requerimento e entregar na sua universidade de origem até ao fim do mês antecedente ao fim da mobilidade;
  • O acordo e as formalidades devem ser efetuadas dentro das duas semanas subsequentes ao requerimento;
  • A extensão do período de mobilidade deve ser sequente ao período atual de mobilidade, não podendo existir interrupção;
  • Nenhum período de mobilidade, mesmo incluindo extensão ao período de mobilidade, poderá ser realizado além do término do ano letivo.

 

O que a Caixa pode fazer por si?

Caso esteja a preparar-se para partir em Erasmus, lembre-se da sua vida bancária. As soluções dedicadas ao segmento universitário podem fazer a diferença.

A Caixa apoia a sua formação, em Portugal e no estrangeiro. Por isso, permite aceder a um conjunto amplo de serviços úteis para quem estuda – e que incluem cartões de débito e crédito, financiamento para despesas com a educação, a viagem, o alojamento ou os seguros. Isto tudo com isenção do pagamento de comissões bancárias até aos 26 anos.

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