A DGS recomenda que a população use máscara de proteção em espaços fechados públicos.
A indicação é recente mas chegou com uma exigência de utilização em vários contextos, por exemplo as compras.
É que já existindo uma transmissão comunitária do novo coronavírus, o contágio é eminente e o uso de máscaras de proteção passou a constar das recomendações oficiais para evitar o contágio.
Sabe, contudo, quais as máscaras que devemos usar? Em que situações? E o que devemos fazer às máscaras descartáveis, depois de as utilizarmos? Vamos responder a estas e a outras perguntas, de acordo com as informações mais recentes e atualizadas.
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Máscaras de proteção: o que recomenda a Direção-Geral da Saúde?
A Direção-Geral da Saúde recomenda desde sempre o uso de máscaras cirúrgicas de proteção a todos os profissionais de saúde, pessoas com sintomas respiratórios e pessoas que entrem e circulem em instituições de saúde.
As máscaras cirúrgicas de proteção também são aconselhadas a indivíduos mais vulneráveis, como pessoas com mais de 65 anos de idade ou com doenças crónicas e em estado de imunossupressão, quando saem de casa.
Finalmente, a máscara cirúrgica de proteção é ainda aconselhada a grupos profissionais, como forças de segurança e militares, bombeiros, distribuidores de bens essenciais ao domicílio, trabalhadores nas instituições de solidariedade social, lares e rede de cuidados continuados integrados, agentes funerários e profissionais que façam atendimento ao público, onde não esteja garantido o distanciamento social.
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E as máscaras comunitárias ou de uso social?
Paralelamente, e de maneira mais recente, a DGS recomenda o seu uso a todos os indivíduos que partilhem espaços fechados, como supermercados, farmácias, lojas ou estabelecimentos comerciais, transportes públicos, entre outros.
Estas máscaras são de fabrico têxtil, e de uso único ou reutilizável, conforme os requisitos obrigatórios, regulamentados e fiscalizados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Este aspeto é fundamental porque, como já reforçado pela Organização Mundial da Saúde e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, as máscaras cirúrgicas devem ficar reservadas, preferencialmente, aos grupos profissionais na área da Saúde e todos os restantes de maior fragilidade clinica.
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Categorização das máscaras por tipo de utilizador, segundo o INFARMED
Destinatário | Tipo de Máscara |
---|---|
Profissionais de saúde e doentes (Nível 1) | Semi máscara de proteção respiratória (FFP2, FFP3). Máscaras cirúrgicas Tipo II e IIR. Não reutilizáveis. |
Profissionais em contacto frequente com o público (Nível 2) | Máscaras cirúrgicas tipo I Não reutilizáveis. Máscaras alternativas para contactos frequentes com o público, de uso único ou reutilizáveis. |
Profissionais que não estejam em teletrabalho ou população em geral para as saídas autorizadas em contexto de confinamento (Nível 3) | Máscaras alternativas para contactos pouco frequentes, de uso único ou reutilizáveis. |
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O que diz a Ordem dos Médicos?
Além da Direção-Geral da Saúde, também a Ordem dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos, as escolas médicas, entre outras instituições públicas, apoiam o uso comunitário das máscaras de proteção em espaços públicos.
As máscaras comunitárias de proteção, de uso único ou reutilizável, independentemente do material, devem ter um desempenho mínimo de filtração de 70%, permitindo um uso ininterrupto de quatro horas sem degradação da capacidade de retenção de partículas e nem da respirabilidade, conforme as especificações técnicas da DGS.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães em declarações ao portal e-Konomista, e depois de referir o material em algodão das máscaras comunitárias, acrescentava, “quando estou com uma máscara comunitária, estou com uma proteção muito semelhante àquilo que é uma máscara cirúrgica. Se eu estiver a usar máscara, estou a proteger a pessoa que está à minha frente e se a pessoa que está à minha frente, também estiver a utilizar uma máscara, está a proteger-me a mim”.
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Sabe o que deve fazer à sua máscara de proteção, depois de a usar?
Como pôr e tirar a máscara de proteção
É importante lembrar que a máscara é um complemento às restantes medidas de proteção e prevenção do contágio. Só colocando e retirando a máscara corretamente é possível evitar o risco de propagação.
Ao pôr a máscara de proteção (cirúrgica ou comunitária), deve:
- Lavar corretamente as mãos;
- Pôr a máscara com o lado branco (interno) virado para a face e o lado colorido (externo) virado para fora;
- Ajustar a máscara à face, cobrindo nariz, boca e queixo;
- Não tocar na máscara, enquanto a usa.
Ao tirar a máscara de proteção (cirúrgica ou reutilizável), deve:
- Lavar bem as mãos;
- Tirar a máscara a partir da parte de trás, pegando nos atilhos ou elásticos, sem tocar na frente da máscara;
- Deitar a máscara no saco/caixote do lixo, caso não seja uma máscara reutilizável;
- Lavar novamente bem as mãos.
Veja aqui o vídeo da Direção Geral de Saúde sobre as melhores práticas de uso das máscaras.