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Naquela semana antes das férias grandes, a escola do Sebastião organizou uma excursão ao Parque Histórico das Avencas para ver como ali viviam os dinossauros.

Há muito, muito tempo, tinham ali habitado várias espécies destes animais pré-históricos.

Desde que esses vestígios do passado foram descobertos, as escolas organizavam excursões e muitos passeios para que os alunos pudessem descobrir como era a vida na terra naquele tempo.

No início do tempo quente, foi a vez da escola do Sebastião organizar o seu passeio.

Quando os professores deram a notícia desta saída, todos ficaram com grande vontade de participar. O Sebastião foi nomeado pela direção da escola para que na sua turma, fizesse passar uma folha em branco onde cada aluno, interessado em visitar os dinossauros das Avencas, pudesse escrever o seu nome.

Todos quiserem assinar a folha. No dia seguinte, estava completamente preenchida pelo nome de todas as meninas e meninos da turma do Sebastião. Nessa altura, a professora de ciências da natureza deu-lhes a notícia de que o passeio ia ter um custo para os pais.

Não era muito mas, tinham que alugar um autocarro e como a viagem seria demorada tinha que ser um autocarro confortável.

As primeiras desistências...

Quando se conheceu qual seria o custo a pagar pelos pais, o Sebastião recebeu duas notícias que o deixaram triste.

Dois dos seus colegas queriam apagar os seus nomes da lista do passeio. Foram ter com o Sebastião com os olhos tristes e caídos a olhar para os sapatos e disseram-lhe que afinal não podiam acompanhar o resto da turma. Eram o Mário e a Elsa que eram irmãos.

O Sebastião ouviu-os e respondeu da seguinte maneira:
- Mas é importante que todos possamos visitar os dinossauros. Somos uma turma de colegas e amigos e temos que ir juntos. Somos um grupo unido e assim devemos ficar. Os meus pais dizem que um grupo unido é uma comunidade e é isso que nós somos, uma comunidade.

Os dois colegas encolheram os ombros e explicaram-lhe como os pais lhes tinham dito que não tinham como pagar o preço da viagem.

Foi aqui que o Sebastião teve uma ideia. Não podia deixar que os seus amigos ficassem em terra. Era uma ideia genial e que iria resolver o problema dos seus dois amigos.

Qual foi a solução?

O Sebastião explicou ao Mário e à Elsa que todos os colegas se iriam unir - como uma verdadeira comunidade e juntar dinheiro para lhes pagar os bilhetes da excursão.
- Não se preocupem, a união faz a força. Se nos portarmos como uma família e cuidarmos uns dos outros, conseguimos que ninguém fique para trás.

Assim foi. No mesmo dia, falou com o resto da turma. Todos concordaram em dar o seu contributo. No final daquela semana, tanto o Mário como a Elsa já tinham conseguido reunir a quantia necessária de dinheiro para pagar a excursão. 

O exemplo desta história deve inspirar-nos a todos. É uma bonita história de como devemos viver uns com os outros. Na nossa escola, no nosso bairro, na nossa vizinhança, na nossa cidade.

Viver é sempre partilhar.