Financiamento automóvel

Crédito, Leasing ou ALD: Como financiar a compra de um carro?

Mobilidade

Se vai comprar o seu automóvel, conheça as diferentes modalidades de financiamento bancário. 01-10-2015

Logo a seguir à compra de uma casa, o automóvel aparece no topo da lista das compras mais caras que uma família faz ao longo da sua vida. E como em muitos casos, os consumidores não têm disponível o dinheiro necessário para comprar a viatura a pronto pagamento, a solução passa por recorrer a um financiamento.

Atualmente existem diversas formas de financiar a compra de um automóvel. Conheça-as e veja aquela que melhor se adapta ao seu perfil e necessidades.

1. Crédito automóvel

Esta é a forma mais clássica e comum de comprar um carro com recurso a financiamento. O crédito pode ser contratado junto dos bancos mas também através das concessionárias de automóveis. Se já tem o modelo do carro escolhido, compare a oferta de financiamento proposta pela concessionária com as condições que o seu banco lhe oferece para ver em que entidade o crédito fica mais barato.

Não se esqueça, quanto maior for o envolvimento com o seu banco e quanto mais garantias apresentar, melhores condições no crédito terá. Para conseguir identificar a oferta mais barata, utilize a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global), já que esta taxa reflete todos os custos associados ao crédito, nomeadamente, juros, comissões, impostos, etc.

Na maioria dos casos, os contratos preveem a reserva de propriedade. Ou seja, no título de registo de propriedade é o consumidor que aparece como o proprietário da viatura, mas existe uma menção de reserva de propriedade à entidade financeira. Isto significa que até ao final do contrato de crédito, o consumidor não poderá vender o automóvel sem a autorização da instituição financeira.

No caso dos créditos em que não existe a reserva de propriedade podem ser pedidos outros tipos de garantias (como uma fiança, por exemplo).

Vantagens:

  •  O consumidor é o dono do automóvel
  • O consumidor não está obrigado a contratar um seguro de danos próprios.

Desvantagens:

As taxas de juro associadas ao crédito automóvel podem ser, em média, mais elevadas face aos juros oferecidos em outras modalidades de financiamento.

2. Leasing e ALD

Esta modalidade de financiamento caracteriza-se por a entidade que a concede, a empresa locadora, ficar com a propriedade do veículo. Ou seja, nestes contratos “a instituição de crédito (locadora) cede ao cliente (locatário) a utilização temporária de um carro, em contrapartida do pagamento de uma renda mensal. No final do contrato, o cliente poderá adquirir o carro, se estiver interessado, mediante o pagamento do valor definido no contrato (valor residual)”, explica o portal Todos Contam, da responsabilidade dos supervisores financeiros.  Qual é a vantagem? É uma opção mais barata, já que as taxas de juro associadas ao leasing são em média mais baixas do que as praticadas no crédito automóvel tradicional.

Já o ALD (aluguer de longa duração) tem muitas semelhanças com os contratos de leasing. A grande diferença entre a forma de funcionamento das duas modalidades advém do facto de no ALD os consumidores terem a obrigatoriedade de comprar o veículo no final do prazo do contrato.

Vantagens:

  • As taxas de juro são em média mais baixas.

Desvantagens:

  • Durante a vigência do contrato, a viatura não pertence ao consumidor.
  • As entidades locadoras obrigam à contratação de um seguro de danos próprios para a viatura (que é mais completo mas mais caro do que a apólice obrigatória de responsabilidade civil).

3. Renting

O renting é uma das modalidades menos conhecidas. Também aqui a entidade locadora cede ao consumidor o direito de utilizar a viatura, durante um determinado prazo acordado. No entanto, esta modalidade tem algumas particularidades, até porque o renting não é considerado uma forma de financiamento, mas sim uma modalidade de aluguer operacional de viaturas. Além do simples aluguer do automóvel, o renting permite também aos consumidores contratar um pacote de serviços extra associados ao uso da viatura. Tais como, o seguro de danos próprios; a gestão dos pneus, a gestão das inspeções periódicas e do pagamento dos impostos; a gestão de acidentes em que a viatura possa ser envolvida, entre outros.

Outra característica do renting é o facto de o contrato celebrado pressupor uma utilização média da viatura em quilómetros. “É importante fazer uma previsão realista dos quilómetros que vai realizar. Caso contrário, arrisca-se a pagar um valor elevado pelos quilómetros em excesso e receber pouco por aqueles que não realizar”, explica a Deco Proteste.

Vantagens:
A comodidade. Já que nestes contratos muitos dos aspetos burocráticos, técnicos e fiscais relacionados com a viatura são assegurados pela entidade locadora.

Desvantagens:
Não é a solução indicada para todas as pessoas. Segundo um estudo elaborado pela Deco Proteste, esta é uma forma de financiamento que é mais adequada para quem pretenda conduzir um carro de gama mais alta e não queira ficar com automóvel no final do contrato. O consumidor apenas aluga o automóvel. Não fica proprietário da viatura.