A pandemia veio dificultar a atividade em muitos ramos de negócio. Deixar de poder contactar com o cliente foi uma consequência direta que pode ser contornada, por exemplo com os canais online. Tire partido dos seus benefícios e explore-os como uma alternativa de sobrevivência.
Antes de mais, vamos aos indicadores e às tendências de vida dos seus clientes. De acordo com um dos últimos relatórios da ANACOM, em novembro deste ano, o registo de tráfego de dados, móveis e fixos, excedia em 65% o volume registado antes do período da pandemia, ou seja em março.
Dados que vêm confirmar uma tendência de crescimento. Entre 2015 e 2019, o incremento médio anual do tráfego de banda larga móvel foi de 46%, associado a um aumento médio de 76,3% dos acessos através de telemóvel e de 16,5% dos acessos através de PC; tablet;pen ou router.
Isto significa que o recurso ao canal web é uma realidade cada vez mais consistente e cada vez mais a ter em conta pelo seu negócio. Mas, como tirar proveito desta tendência numa altura em que a exploração física dos negócios é cada vez mais difícil e em que tudo parece desmoronar-se, nomeadamente a capacidade para fazer investimentos avultados?
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Como tirar proveito dos novos canais?
Se o seu cliente deixou de fazer compras de rua ou se passou a ter mais restrições nos acessos, quer por motivos de Saúde Pública, quer apenas por razões pessoais, por preferir manter-se em casa em detrimento dela sair para passear e consumir, então há que fazer um esforço para acompanhá-lo.
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As dicas para o contacto com o cliente em casa
Retido em casa, a internet é um primeiro ponto de contacto do seu cliente com o exterior. Pensar nalgumas estratégias para falar com ele é portanto a prioridade. Tente perceber em que momentos pode encontrar o seu cliente em casa e tente ajustar as estratégias a estes momentos.
Eis algumas das dicas para o garantir.
1. Aposte numa presença estável e regular nas redes sociais. Tanto Facebook como Instagram mantém alguma prevalência e podem facilitar-lhe a vida. Quer para melhor conhecer os seus clientes e assim ir ao encontro das suas reais necessidades; quer para com eles comunicar;
2. Comece a construir uma grelha de tipologias de cliente ou perfis de cliente. Ou seja, segmente os seus clientes, por exemplo, conforme necessidades e hábitos;
3. Adeque os timings de comunicação para cada uma destas tipologias, em que horários os pode encontrar a usar o telemóvel, em que horários os pode encontrar a usar o computador em casa. Isto pode ser determinante para a aceitação da sua mensagem.
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4. Se fala com o seu cliente num horário em que o imagina em sua casa, não pode dirigir-se a ele como se estivesse a passear-se na rua. Nessas alturas, a abordagem pode e deve ser diferenciada. A net permite-lhe tirar proveito do contexto em que encontra os seus clientes;
5. Faça as propostas de venda com o devido contexto. Ou seja, imagine que gere um restaurante, os seus esforços de comunicação devem antes incidir nos horários em que os seus potenciais clientes estão a decidir a sua refeição;
6. Faça um esforço para ir recolhendo e organizando a informação que os seus clientes lhe podem prestar nas interações online. Por exemplo, em ambiente de navegação nas redes sociais. Esteja atento aos seus sinais e preferências e responda com maior assertividade.
O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?
Se existe matéria que nunca deve deixar para trás, mesmo nos momentos mais difíceis, é sua ambição - sobretudo a que diz respeito aos seus objetivos de negócio. A Caixa pode acompanhá-lo, com soluções à medida do que precisa em cada contexto.
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As dicas para o contacto via telemóvel
Se existe canal que lhe permite maior foco no contexto do seu cliente em cada momento, o meio móvel lidera as possibilidades. Uma das vagas mais consistentes nas ferramentas de intermediação, com atuais e potenciais clientes, é a do mobile marketing.
As especificidades desta disciplina são suficientemente vastas e ricas para ter um tratamento à parte. Deixamos-lhe algumas dicas para o alertar do potencial que pode vir a explorar no seu negócio, seja de que área for.
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1. Aproveite a geolocalização do seu cliente. Ou seja, tire proveito da possibilidade de saber onde este se encontra e, em função disso mesmo, aborde-o com mensagens que façam sentido naquele contexto específico e que possam conduzir a uma reação positiva;
2. É fundamental encarar o meio móvel com mensagens, design e requisitos que se adaptem naturalmente ao meio. Se não tiver este cuidado, corre o risco de perder grande parte do potencial da informação que pretende transmitir. Formatos diferentes exigem tratamento diferente. Pense no que irá transmitir a partir de como o vai transmitir;
3. Reduza os tempos de espera do cliente. Um cliente que pretenda uma resposta do seu lado torna-se particularmente exigente quando o faz através do telemóvel. Este é o meio do ritmo e da velocidade. Existem hoje mecanismos que podem ajudá-lo a acelerar os procedimentos de resposta. Os chamados chatbots são um deles. São assistentes virtuais que, instruídos para responder a determinadas tipologias de pergunta, respondem ao cliente de maneira automática;
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4. Aposte numa imagem interativa e apelativa sempre que abordar os seus clientes. Surpreenda-o a cada contacto. Lembre-se, sobretudo, que reter a atenção de um cliente em contexto de mobilidade é sempre muito mais difícil do que quando ele tem a sua atenção menos dispersa;
5. Apele sempre à interação do cliente. O uso prático e regular da expressão Saiba Mais no final de cada mensagem permite-lhe criar essa rotina e sobretudo permite-lhe registar o interesse do seu destinatário. Alguém com quem pode comunicar de maneira mais dirigida em próximas ocasiões.
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