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As inspeções periódicas são obrigatórias e têm como objetivo verificar se os veículos possuem todas as condições, técnicas ou de segurança, para circular na via pública.

Explicamos quando e onde deve levar o seu carro à inspeção automóvel, quanto custa e o que deve fazer para ser aprovado à primeira.

Quando e onde devo levar o meu carro à inspeção?

A data de inspeção periódica obrigatória tem por base a data da primeira matrícula do veículo e deve ser feita de acordo com a periodicidade determinada por lei. Ou seja, todos os veículos devem ser apresentados à inspeção até ao dia do registo da matrícula, sendo que a inspeção pode ser garantida durante os três meses que antecedem essa data.

Para os veículos ligeiros de passageiros:

• A primeira inspeção deve ser marcada quatro anos depois da data da primeira matrícula;
• As inspeções seguintes devem ser agendadas a cada dois anos, até completar oito anos;
• Após esse período, a inspeção deve ser marcada anualmente.

Os veículos ligeiros de mercadorias:

• Têm de ir pela primeira vez à inspeção dois anos após a data da primeira matrícula;
• Posteriormente, devem passar a ir anualmente.

As inspeções periódicas ocorrem nos centros de inspeção. Consulte a lista de centros no site do IMT:

• No mapa é apresentada a localização de cada centro de inspeção;
• Na pesquisa pode procurar por categoria de veículo, concelho ou nome.

Para marcar a inspeção, contacte o centro de inspeção.

Quais os documentos necessários?

Na data da inspeção deve levar consigo os seguintes documentos

• O certificado de matrícula ou o livrete e título do registo de propriedade;
• A ficha da última inspeção.

E se ultrapassar o prazo para fazer a inspeção periódica?

Se deixou passar a data em que deveria ter ocorrido a inspeção periódica do seu veículo, contacte o centro de inspeção e agende, o quanto antes, uma nova data.
Se circular com um carro sem a inspeção em dia (inclui a reprovação) está sujeito a uma coima que pode ir de 250 euros a 1250 euros.

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Quanto custa a inspeção?

O preço da inspeção depende da categoria do veículo e do tipo de inspeção. Na tabela abaixo, pode consultar os preços em vigor desde 1 de janeiro de 2025 (incluindo valores de IVA, a 23%)

O que é avaliado numa inspeção periódica?

Na inspeção obrigatória, são analisados diversos componentes e funcionalidades dos veículos para garantir que estão aptos a circular em segurança:

• O estado da matrícula, do número do motor e do chassis;
• Os vidros, os espelhos e os retrovisores;
• O painel;
• As luzes máximas e médias, as luzes de presença e de nevoeiro, os piscas e as luzes da matrícula;
• O alinhamento e a direção, assim como os eixos, as rodas, os pneus e a suspensão;
• Os travões;
• A carroçaria;
• O óleo do motor e o líquido de refrigeração;
• Os cintos de segurança;
• A buzina;
• O colete e o triângulo, entre outros.

O que pode levar à reprovação de um veículo na inspeção?

De acordo com os Relatórios anuais de Inspeções Técnicas de Veículos Rodoviários do IMT, entre as principais causas de reprovação dos veículos ligeiros e pesados estão os problemas com as luzes e equipamento eletrónico. Quanto aos reboques e semirreboques, são os problemas com travões que costumam ditar a reprovação na inspeção.

Eis algumas das falhas mais comuns:

• Fuga de combustível;
• Direção desalinhada ou com sinais de folga;
• Mau funcionamento das luzes, dos refletores e dos interruptores;
• Bateria ou as fixações elétricas em mau estado;
• Mau estado da matrícula;
• Jantes com deformações ou diferentes no mesmo eixo;
• Mau estado do para-choques;
• Mau funcionamento do manómetro;
• Válvulas de travagem danificadas;
• Perda de óleo dos travões;
• Mau estado dos espelhos retrovisores;
• Pneus com saliências inferiores a 1,6mm de profundidade ou com deformações;
• Mau funcionamento do ABS.

O carro reprovou na inspeção. E agora?

Em primeiro lugar, precisa de conhecer o motivo que levou à reprovação do seu veículo na inspeção. Existem três tipologias de deficiência, cada qual com as suas consequências:

• Tipo 1:  Pode circular com o veículo. Se o seu veículo foi aprovado na inspeção automóvel, mas foram identificadas menos de 5 deficiências do Tipo 1, deve proceder à sua reparação, sob pena de, na inspeção seguinte, estas passarem a ser classificadas como deficiências Tipo 2;
• Tipo 2: São, regra geral, deficiências relacionadas com o sistema de direção, de suspensão ou de travagem. Não pode transportar passageiros ou carga até ser aprovado na inspeção;
• Tipo 3: Estas deficiências obrigam a que apenas circule para se deslocar até ao local de reparação com regresso previsto ao centro de inspeção.

Independentemente da tipologia, dispõe de 30 dias para corrigir os problemas antes de voltar à inspeção (nos casos de tipo 2 ou 3).

O carro passou na inspeção. E agora?

Tudo certo. Não se esqueça de circular sempre com a ficha de inspeção no carro, apesar de já não ser necessário colocar o selo da inspeção no para-brisas.

Que selos devo conservar no pára-brisas?

Nenhum. Desde 2012 que deixou de ser obrigatório manter o selo da inspeção no pára-brisas do carro. O que se mantém obrigatório é fazer-se sempre acompanhar da ficha de inspeção que serve agora de comprovativo caso seja interpelado para a confirmar. Se pedirem esta prova e não a tiver consigo, arrisca o pagamento de uma coima até 300 euros.
Também o seguro do carro deixou de ser obrigatório, sendo que antes podia correr o risco de pagar uma coima até 250 euros (reduzida para metade se provasse ter seguro). Saiba tudo o que mudou sobre o assunto neste artigo Saldo Positivo.

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A informação deste artigo não constitui qualquer recomendação, nem dispensa a consulta necessária de entidades oficiais e legais.