Conduzir nas cidades

As 15 dicas para usar o carro na cidade de forma mais inteligente

Mobilidade

Conduzir nas cidades é um exercício diário que pode implicar alguma tensão e desgaste. E não apenas para o carro… 26-10-2020

Será que sabe usar o carro na cidade da melhor maneira? Partilhamos 15 conselhos úteis para conduzir de forma mais ecológica e económica. Em mês de poupança, comecemos pelo uso do carro.

Adotar novas alternativas de mobilidade e deixar o carro em casa é um desafio para muitas pessoas. Mas é possível minimizar os impactos do uso do carro na cidade, por exemplo, escolhendo um automóvel com critérios racionais e sustentáveis, ajustado às necessidades do condutor e de utilização, e tendo uma condução de acordo com a legislação e com as boas práticas de segurança no trânsito.

Fique, agora, com alguns conselhos práticos para usar o carro na cidade de forma mais segura, sustentável e económica.

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Como usar o carro na cidade: 15 conselhos

1. Evitar uma condução “nervosa”

Conduzir com constantes picos de aceleração e travagem, sobretudo em ambiente citadino, é responsável por um aumento de até 30% do consumo médio de combustível.

A recomendação para uma condução mais eficiente é que use os pedais do acelerador e do travão de forma mais suave e, no momento de acelerar, evitar acelerações bruscas, mantendo sempre as rotações do motor baixas. Também é aconselhável que trave o mais delicadamente possível de modo a prolongar a vida tanto das pastilhas de travão como dos discos.

Em condução urbana, cerca de 50% da energia é gasta em acelerações desnecessárias e no estado de ralenti.

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2. Conduzir na mudança ideal

Para otimizar os consumos e minimizar o desgaste de alguns componentes, é crucial conduzir sempre na relação adequada à velocidade que circula.

Os automóveis mais recentes, por norma, já têm a indicação da marcha em que deve circular, dando também indicações quando deve comutar de mudança.

No caso dos automóveis mais antigos e que não façam esta recomendação, é necessário conhecer os parâmetros do motor e o binário do automóvel. Isto é, essencialmente, deve conhecer o pico de força do motor para assim saber exatamente em que mudança circular.

No caso dos automóveis a gasóleo, o binário máximo é atingido entre as 1700 rpm (rotações por minuto) e as 2500. Será sempre neste intervalo que deverá manter as rotações para que o motor seja eficiente ao máximo. No caso de um motor a gasolina, este pico de potência surge um pouco mais tarde, geralmente a partir das 2800rpm, mantendo-se até perto das 4000rpm.

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3. Ligar ou não ligar o ar condicionado

Ligar o ar condicionado, efetivamente, aumenta os consumos do automóvel. Contudo, abrir as janelas pode tornar a viagem mais incomodativa e permitir a entrada de odores e fumo provenientes de outros automóveis.

O aumento de consumo ligando o ar condicionado varia entre os 15% a 30%, dependendo da motorização do automóvel. Por isso, pondere bem as situações.

 

4. Guardar distância de segurança dos veículos à sua volta

Nas cidades, devido ao maior número de carros a circular, é essencial guardar uma distância de segurança confortável, seja no centro urbano, seja na autoestrada. Assim, consegue evitar desacelerações súbitas e travagens bruscas, poupando nos consumos e prevenindo acidentes.

Antecipar os movimentos dos outros carros e condutores faz parte de uma condução defensiva, inteligente e ágil.

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5. Evitar o carro para deslocações curtas

Um dos problemas das nossas cidades é o tráfego automóvel demasiado intenso. Muito pelo facto de se recorrer ao automóvel - mesmo para deslocações inferiores a cinco quilómetros.

Esta não é uma boa opção. Trata-se de deslocações que se tornam excessivamente dispendiosas e poluentes, dado que os sistemas que controlam as emissões não atingem a sua temperatura ideal.

Para deslocações curtas, deve optar por ir a pé, de bicicleta ou de transporte público.

 

6. Verificar o estado dos pneus

É sabido que a circulação na cidade aumenta o desgaste do automóvel, nomeadamente dos seus pneus. Circular com pneus com uma pressão inferior ao recomendado pelo fabricante pode aumentar em 4% os consumos e emissões do seu carro. Portanto, deve, pelo menos uma vez por mês, conferir o estado da pressão dos seus pneus.

A pressão ideal de cada pneu varia consoante a medida e o fabricante. Pode ser encontrada tanto no manual de instruções do automóvel ou numa placa metálica, geralmente colocada na porta do condutor.

A pressão ideal dos pneus rondará sempre os 2.2bar num automóvel que circule maioritariamente com pouco peso, e os 2.4bar num automóvel de maior porte que circule com vários passageiros.

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7. Não desligar o Sistema Start-Stop quando o carro está parado

Apesar de ser um sistema que vem de série em praticamente todos os automóveis modernos, muitos condutores pensam - erradamente - que o Sistema Start-Stop danifica os componentes do motor por o forçar a ligar e a desligar-se várias vezes. De forma quase rotineira, muitos condutores desligam-no logo que entram no automóvel.

Mas, saiba que as baterias dos automóveis que possuem sistema Start-Stop são mais potentes do que um automóvel tradicional? E que vários sistemas foram reforçados para aguentar as exigências deste sistema? Na verdade, o sistema Start-Stop melhora os consumos do automóvel em torno dos 15% em condução citadina.

Tendo em conta os engarrafamentos e congestionamentos de trânsito muito frequentes nas cidades, utilizando o sistema Start-Stop, poderá aumentar a autonomia do seu carro em quase 100km.

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8. Manter o motor “saudável”

Para controlar os consumos e as emissões, é essencial não descurar a parte mecânica do automóvel, nomeadamente o estado do motor. Faça manutenções regulares de acordo com o indicado pelo fabricante e, pelo menos uma vez por mês, verifique os níveis de líquidos do motor, nomeadamente o óleo e o líquido de refrigeração, para garantir que tudo está em conformidade e que pode seguir viagem de forma segura.

 

9. Ligar o carro e arrancar

Nos carros atuais, ao contrário do que acontecia com os carros com carburador, não é preciso esperar até que o motor aqueça para poder arrancar. Nos automóveis modernos, esse processo apenas vai fazer com que aumente os consumos.

Ligue o carro, engrene primeira e arranque para o seu destino de forma cuidada. Nos primeiros 2 quilómetros da viagem, deve evitar acelerações bruscas ou levar as rotações até limites muitos superiores. Os fluidos do motor ainda não tiveram tempo de circular por todo o compartimento e de lubrificar todos os componentes móveis.

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10. Preferir um carro pequeno e compacto

Também conhecidos como citadinos, os carros pequenos e mais compactos garantem uma maior economia de combustível (fruto do seu reduzido peso e dimensões) e são uma solução versátil para quem circula diariamente no interior das cidades. Além disso, podem ser estacionados em praticamente qualquer lado. Estes automóveis são práticos, relativamente baratos, funcionais, utilitários, cómodos e cada vez mais seguros.

Os carros compactos são também, por norma, carros a gasolina, híbridos ou até elétricos. Apesar do diesel ser o combustível mais barato, a gasolina ou as soluções eletrificadas são as mais indicadas para os percursos citadinos.

As pequenas deslocações da cidade farão com que o um carro a gasóleo não atinja temperatura suficiente no filtro de partículas para queimar os resíduos, podendo levar a que tenha que fazer a substituição deste componente (que custa várias centenas de euros), ou, no pior dos cenários, a que o automóvel se incendeie. Muita atenção, portanto.

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11. Sinalizar os movimentos

Um dos problemas do tráfego citadino reside na fraca utilização de indicadores de mudança de direção, vulgarmente conhecidos como “piscas”. Quando devidamente utilizados, os piscas são um elemento fulcral da condução defensiva, ajudando por isso a reduzir a sinistralidade rodoviária, os engarrafamentos e alguns dissabores que qualquer fila de trânsito provoca num condutor menos paciente.

 

12. Não perder a calma

Os engarrafamentos tendem a causar stress e ansiedade nos condutores, o que aumenta exponencialmente a probabilidade de acidentes. Neste caso, há que apelar à racionalidade, pois de nada adianta buzinar ou gritar.

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13. Evitar uso constante da embraiagem

Enquanto estiver no trânsito, evite descansar o pé esquerdo no pedal da embraiagem. Isso só vai contribuir para o seu desgaste prematuro.

Uma vez mais, dependendo do modelo, trocar a embraiagem de um automóvel pode implicar custos significativos, e por mais em conta que seja a manutenção do seu automóvel, esta reparação custará sempre várias centenas de euros.

 

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14. Circular corretamente nas rotundas

O trânsito pode ser muito estressante, sobretudo em determinados horários. Para não causar mais confusão, é importante conhecer as regras de circulação e colocá-las em prática. Uma das regras que causa mais dúvidas é a circulação nas rotundas. Se deseja sair da rotunda na primeira via, deve ocupar a via da direita. Porém, se quiser sair da rotunda por qualquer uma das outras vias, só deve ocupar a via de trânsito mais à direita após passar a via de saída imediatamente anterior àquela pela qual pretende sair.

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15. Nunca esquecer os peões

Especialmente quem conduz no interior das cidades deve ter atenção redobrada não só em relação aos outros veículos mas também aos peões que circulam nos passeios e podem atravessar as ruas e estradas. Muitas vezes em zonas menos próprias ou com menor visibilidade.

Enquanto cidadãos e agentes de bem, devemos zelar sempre pela segurança dos peões. É que em caso de embate, serão sempre eles o elo mais fraco.

 

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