Imagine que se confirma a tendência de subida de taxas de juro de que se fala há muito… Dois caminhos colocam-se diante do seu mapa orçamental.
Ou aumenta o seu rendimento com mais fontes de receita, ou em alternativa, a pressão para cumprir com obrigações de crédito pode obrigá-lo a cortar com outras despesas, sejam elas fixas ou variáveis.
É que quando menos espera, o risco de incumprimento espreita. Para que o possa contornar com êxito - sem grandes marcas na sua vida - deixamos-lhe algumas dicas que podem ajudá-lo nestas escolhas orçamentais.
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1. Planeie e antecipe
Se as notícias apontam para um cenário de inflação e de retração das ajudas do Banco Central Europeu, é provável que isso se venha a confirmar a curto ou médio prazo. Trate por isso de assegurar um plano B, capaz de acomodar este acréscimo de despesas. As etapas seguintes podem ajudar.
2. Faça contas à sua atual taxa de esforço
Nunca perca de vista a regra básica da taxa de esforço. As despesas com as suas dívidas não devem exceder 30% do seu rendimento. Se tiver aquém desse nível tem maior margem de manobra. Se já a atingiu deve começar as fazer as suas contas.
3. Consulte o seu banco sobre a possibilidade de renegociar créditos
Comece por tentar negociar o spread no seu banco. Pode haver margem para a sua redução. Consulte o mercado e avalie opções. Veja até que ponto pode consolidar os seus créditos e alongar o prazo de reembolso. Se o fizer, cautela com o que pagará pelo MTIC. Pondere uma amortização parcial dos principais créditos.
Como calcular taxa de esforço?
(Total de Prestações Financeiras/ Rendimento do Agregado Família) x 100 = valor percentual.
A taxa de esforço deve atingir até 30% do rendimento do agregado familiar. Qualquer valor acima deste intervalo pode significar risco futuro de incumprimento. Abordar o seu banco com este indicador pode facilitar a renegociação dos seus créditos.
Tome Nota:
O Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) corresponde à soma do montante total do empréstimo (capital) mais os custos associados ao crédito (juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos).
4. Reveja seguros e restantes contratos de crédito
Já pensou sobre quanta paga pelo conjunto dos seus seguros? Será que a entidade onde os contratou proporciona-lhe as melhores condições de mercado? E será que paga exatamente o que precisa? Reveja e reconsidere opções.
5. Pense na possibilidade de mudar de banco
Lembre-se que tem sempre hipótese de mudar o crédito habitação para outro banco. O crédito habitação deverá consumir-lhe grande parte dos gastos de crédito mas, deve ter em conta os restantes contratos para crédito pessoal.
O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?
Escolher uma solução de crédito implica prudência e boa gestão. Faça cálculos e antecipe todas as despesas e - muito importante - proceda a todas as simulações necessárias.
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6. Revisite o seu quadro de despesas orçamentais
Se esgotar todos os caminhos de negociação com o seu banco, e mesmo assim mantiver dificuldades em estabilizar contas, deve mesmo repensar despesas. Identifique aquelas que pode mesmo apagar da sua vida. Estabeleça um teto a pagar paga por cada produto ou serviço que não dispensa.
7. Mantenha persistência e disciplina
Faça-o em todo este exercício de repensar despesas. Evite recorrer ao fundo de emergência que possa ter constituído ou a aplicações que ainda não atingiram maturidade.
8. Recorra às ferramentas de controlo orçamental da DABOX
Categorize gastos. Aproveite as dicas e alertas personalizados. Ter todas as suas contas com uma visão única dos saldos e movimentos pode trazer-lhe benefícios.
O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?
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