tarifário de energia

Custos da energia: as mudanças são para já

Casa e Família

Com o preço dos bens essenciais a subir, também luz e gás alinham pela tendência. O tarifário de energia mudará já em abril 21-03-2022

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Os preços da eletricidade e do gás sobem já em abril. A tendência vai atingir todos os clientes do mercado regulado mas pode implicar evolução idêntica no mercado liberalizado.

Resta aos clientes manterem-se atentos e procurar a melhor alternativa para se defenderem do peso que isto lhes pode trazer no orçamento familiar.

O contexto da guerra, em curso entre a Rússia e a Ucrânia, tem causado uma tendência de subida num conjunto de matérias-primas essenciais para a produção de energia, nomeadamente no petróleo e no gás.   

No caso da eletricidade, esta subida chega na sequência de duas anteriores em menos de um ano. Em outubro e julho de 2021, as famílias já tinham acomodado uma ligeira subida nas suas contas de energia.

Esta subida atinge também os tarifários do gás natural que desde julho de 2020 não sofria alteração.  

Tome Nota:

Uma tendência de subida

Os preços da eletricidade do mercado regulado passaram por um pequeno aumento em outubro do ano passado. Também agora, esta revisão de preços pode implicar uma revisão dos preços no mercado liberalizado.

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Quanto vai pagar a mais?

Os consumidores passam a pagar mais 5 euros por MWh pela tarifa de Energia do mercado regulado da eletricidade. Na prática, isto representa um acréscimo de 3% no total da fatura (com imposto e taxas) para a média de consumos
De acordo com os cálculos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a partir de abril, uma família sem filhos (com potência contratada de 3,45 kVA, e consumo até 1900 kWh/ano) pagará 38,35€, uma variação em alta de 1,05€.

Já potencias contratadas de 6,9 KVA, com um consumo de até 5000 KWh/ano, podem esperar um acréscimo de 2,86 €. Isto é, a conta média da luz passará a ser de 95,19 €.

Já as faturas de gás do primeiro escalão de consumo, até 1610 kWh/ano, passam a pagar um valor médio de 12,40€ ( mais 0,33 €). No caso do segundo escalão de consumo, até 3407 kWh/ano, o acréscimo é de 0,70€ para 23,41€.

A ERSE justifica esta revisão dos tarifários pela própria evolução do mercado fornecedor, onde os níveis de preços escalaram acima do previsto e com os desvios que precisavam de ser refletidos na fatura final do consumidor. 

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O que pode fazer para se defender?

Desde logo, deve manter-se atento à evolução de preços e às opções disponíveis no mercado. Além da oferta comercial dos vários operadores do mercado liberalizado, onde pode sempre optar pela solução que mais lhe convém, lembre-se que as famílias numerosas obtém descontos no IVA da eletricidade.  

Se lhe for vantajoso, pode sempre mudar para o tarifário do mercado regulado, sem que isso implique mudança de operador. Tenha em conta que tanto no caso do fornecimento de gás quer no caso de fornecimento de eletricidade, a tarifa social é um apoio a que pode recorrer mediante determinadas condições. 

Tanto para o fornecimento de gás como para o fornecimento da eletricidade, a ERSE disponibiliza simuladores que o podem ajudar a decidir sobre a solução mais adequada ao perfil de consumo da sua família.  

Quais os fatores que determinam o preço?

Logo à cabeça, os custos da matéria-prima, do seu fornecimento; transporte e distribuição. Além disso, há que contar com taxas e impostos associados à comercialização e regulação setorial e com as opções de preço de cada comercializador. Conheça todos os fatores para o preço do gás e para o preço da eletricidade.

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