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Os monos ou monstros domésticos são aqueles resíduos volumosos que tem em casa, mas que pelas suas dimensões e características, não pode simplesmente depositar no contentor ou no ecoponto. Podem ser peças de mobiliário, eletrodomésticos, colchões ou sofás, por exemplo.
Ao reutilizar, doar ou reciclar estes objetos está a contribuir para a proteção do ambiente e para uma sociedade melhor. Por isso, se está a pensar dar uma arrumação geral em casa e livrar-se dos monos que lá tem, saiba como fazê-lo de forma consciente, sustentável e a respeitar o Ambiente.
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Eletrodomésticos
Há várias opções para se desfazer dos seus eletrodomésticos, dependendo do estado em que estejam. Isto é, se o aparelho está avariado ou não.
Se os eletrodomésticos estiverem a funcionar, pode doá-los a uma instituição de carácter social. Além disso, pode contactar, por exemplo, a sua Junta de Freguesia para identificar alguma família a quem esse aparelho possa fazer uma diferença substancial.
Também poderá procurar grupos de trocas e trocar o seu aparelho elétrico por outro objeto que lhe faça falta.
Se não estiver a funcionar, há lojas de eletrodomésticos que aceitam retomas de aparelhos avariados para reciclagem. Estes aparelhos têm vários materiais reutilizáveis como o plástico ou o vidro. E no caso de comprar um equipamento novo com a mesma função, a loja onde o adquiriu é obrigada a aceitar o velho.
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Também pode entregar o seu aparelho avariado num dos Centros de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos que existem pelo país. Estes centros recebem gratuitamente todos os grandes eletrodomésticos.
Os equipamentos mais pequenos, como varinhas mágicas e máquinas de barbear, por exemplo, podem ser deixados num Ponto Electrão. As grandes superfícies de venda de eletrodomésticos (com áreas superiores a 400 m2) também têm a obrigação de aceitar gratuitamente estes aparelhos mais pequenos, mesmo que não compre lá nenhum novo.
Seja qual for o motivo para se livrar dos seus monos domésticos, o importante é ter em conta que o lixo comum nunca é solução.
Tome Nota:
O chamado lixo eletrónico contém substâncias tóxicas para a saúde humana e para o ambiente e, por isso, deve ser devidamente tratado.
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Mobiliário
Mais uma vez, pode doar os móveis que já não quer a associações ou a famílias carenciadas. Tal como acontece com os eletrodomésticos, muitas instituições de solidariedade social fazem a recolha gratuita de mobiliário ao domicílio, desde em condições de ser reutilizado.
A REMAR, por exemplo, faz recolhas de móveis usados em vários pontos do país como Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Gaia, Braga, Évora, Beja, Leiria, Viseu, Matosinhos, Aveiro, em todo o Algarve e outras localidades.
Se os móveis não estiverem em bom estado, contacte a Câmara Municipal da sua área de residência e pergunte como funciona a campanha de recolha de monos domésticos. Trata-se de um serviço gratuito disponibilizado por muitas autarquias.
Normalmente exige agendamento prévio, mas também há municípios em que existe um dia fixo por semana ou por mês para esta recolha, sendo que basta, no dia anterior, depositar os monos junto ao contentor mais próximo da residência.
Além de móveis e sofás, este serviço também pode ser utilizado para a recolha de eletrodomésticos de grande dimensão.
Abandonar os monos domésticos na via pública, sem recorrer ao serviço de recolha, pode dar origem a coimas, conforme o que esteja previsto no Regulamento Municipal da sua localidade.
Tome Nota:
Algumas autarquias disponibilizam ainda a recolha de resíduos verdes, como, por exemplo, pequenas quantidades de relva, ramos, aparas e folhas, que resultem do corte de árvores ou da limpeza e tratamento de jardins e espaços verdes.
O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?
A defesa e a valorização do Ambiente é uma responsabilidade de todos. Cada um de nós, à sua escala, deve fazer a diferença no sentido positivo. Por isso, a CGD tem atuado de modo consequente com a sua estratégia de sustentabilidade que também pode conhecer.
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Dos livros aos sapatos
Não são propriamente monos domésticos, mas dependendo da quantidade de livros, roupa ou sapatos que tenha, podem tornar-se num sério problema de espaço, ou melhor dito, de falta dele.
Se já não tem onde guardar todos os livros que leu, antes de pensar em depositá-los num papelão perto de si, pense que há outras pessoas a quem poderiam interessar. Pode, por exemplo, criar um grupo de Facebook ou WhatsApp com os seus amigos que apreciem ler e passar-lhes a lista de livros que pretende dar.
Uma outra opção, bastante mais solidária, é doar esses livros a um Centro de Dia, a uma Universidade Sénior ou outra instituição social. No caso de se tratar de literatura juvenil e infantil, livros que os filhos crescidos já não leem, pode oferecê-los a uma biblioteca escolar ou infantário.
Pode ainda vender os seus livros a um alfarrabista ou num dos vários sites de compra e venda disponíveis online. O Trade Stories e o Bokay são apenas dois exemplos.
Quanto à roupa e sapatos, o princípio é o mesmo dos eletrodomésticos e do mobiliário. No caso de se manterem em bom estado, pode sempre ser doados a instituições sociais ou associações de apoio a pessoas carenciadas ou sem abrigo.
Caso contrário, aproveite o facto de algumas marcas de vestuário fazerem recolha de roupa usada para reciclagem em troca de vouchers para utilizar numa próxima compra. Um pouco por todo o País, também encontra contentores de roupa e sapatos. Os itens colocados nesses contentores passam por uma triagem e se não estiverem em condições de uso são reciclados.
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E os vinis?
Caso opte por uma doação, entidades locais como bibliotecas e mediatecas nacionais ou locais podem ser uma boa maneira de se libertar destas peças que deixou de ouvir, ou pela falta de equipamento adequado ou por ter deixado de lhes atribuir a importância do passado.
Embora em casos cada vez mais raros, aquelas entidades podem reunir condições para acolher os seus vinis. Pode também sondar o interesse de entidades nacionais como o Arquivo Nacional do Som, sobretudo se tivermos a falar de obras portuguesas.
Caso opte pela venda dos seus vinis, deve começar por confirmar o seu real valor de mercado. Isso pode ser feito com a ajuda de especialistas através de leilões online, lojas de discos, ou mercados de antiguidades. Aconselhamos igualmente a consulta de Guias da especialidade.
Critérios como o estado de conservação, a qualidade de som mas também o género musical podem fazer toda diferença na altura de definir um preço. Tanto em Lisboa como no Porto ainda pode encontrar lojas onde pode avaliar e vender estas peças. São exemplo disso a Carbono, a Louie Louie, a Sound Club Store e a Bloop Vinyl Shop ou a Porto Calling e a Musak, respetivamente.
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