IA

Inteligência Artificial: o que é e como influencia o seu dia-a-dia

Fornação e Tecnologia

Tem uma app bancária, utiliza o email ou as redes sociais? Então a Inteligência Artificial já faz parte da sua vida. 30-05-2024

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

 

Quem utiliza email ou uma app bancária já tem contacto com a Inteligência Artificial (IA), mesmo que dela não se dê conta. Com aplicações cada vez mais complexas e indipensáveis, a IA veio para ficar. 

A Inteligência Artificial está presente em pequenos detalhes da nossa vida, muitas das vezes sem darmos conta. Desde o assistente virtual do seu telemóvel ao sistema de atendimento automático nos hospitais.

Quais as vantagens e os perigos inerentes à inteligência artificial no dia-a-dia é o que procuramos explicar neste artigo. Saiba mais sobre a IA e as suas implicações.

 

O que é a Inteligência Artificial?

A definição de Inteligência Artificial (IA) resulta da capacidade de uma máquina reproduzir competências semelhantes às de um ser humano. Entre elas a análise de dados, a aprendizagem e a capacidade de planear os passos seguintes a partir de um conjunto de dados. 

Algumas das aplicações da inteligência artificial remontam há quase meio século. Mas o desenvolvimento tecnológico ocorrido nos últimos vinte anos aumentou de forma significativa a sua importância e presença na sociedade atual.

Se até há bem pouco tempo falava-se na importância da Big Data, como foco da vida dos negócios e da sociedade, hoje em dia, sub-áreas da IA como a deep learning; a machine learning e das redes neurais, permitem levar mais longe a aplicação da Big Data. 

     

    7 exemplos do uso da Inteligência Artificial no dia a dia

    Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o uso da Inteligência Artificial é mais vulgar do que temos noção. Ela está cada vez mais presente no nosso quotidiano. Muitas vezes sem sequer darmos conta de que estamos a utilizar a IA.

    O recurso a sistemas de automação inteligente permite aos computadores adaptar, por exemplo, a publicidade que visualizamos online, melhorar os resultados das pesquisas que fazemos na Internet, em função de pesquisas anteriores, ou aceder a traduções automáticas de páginas. Mas as aplicações da inteligência artificial não ficam por aqui.

     

    A app do banco

    A inteligência artificial é hoje uma ferramenta cada vez mais presente no universo bancário. Não  só no que diz respeito à automação de processos, mas também no serviço de apoio ao cliente e em áreas criíicas como é a da segurança e robustez de cada operação. A assistente virtual do homebanking ou da app do seu banco é um desses exemplos.

    Através de instruções de voz, ou por mensagens de texto, é possível esclarecer dúvidas, consultar o saldo e movimentos, ou pedir ao assistente para executar determinadas ações como transferências e pagamento de faturas. São múltiplos os exemplos de mercado, mas o mais importante é o seu objectivo. Ou seja, responder de modo cada vez mais personalizado e em tempo real  às necessidades de cada cliente, com ganho nos níveis de serviço. 

    A IA pode ajudar a que o nosso Banco (e outras entidades com quem nos relacionamos) se possa rapidamente tornar no génio dos desejos de cada cliente.  Mas não só, também em áreas críticas como a da prevenção da fraude e da segurança a IA é uma ferramenta na defesa dos interesses do cliente bancário. 

    Quer para reforço de funcionalidades quer para reforço da malha de segurança associada, a IA é um dado adquirido na indústria bancária. Em Portugal, a CGD oferece rúbricas com forte impacto no desempenho da sua App Caixadirecta. Nomeadamente, com a sua Assistente Virtual.  

     

    O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?

    Chegar mais longe, cada vez mais rápido e com o menor esforço possível pode parecer-lhe um sonho futurista. Porém, é já bem possível e real aos dias que correm. Por exemplo no acesso à sua conta e ao seu Banco 

     Saiba Mais Aqui

     

    Os navegadores por GPS

    Com o crescimento dos smartphones, aumentou também o recurso a aplicações de navegação por GPS. Algumas das mais conhecidas, como o Google Maps ou o Waze, permitem-nos saber em tempo real o estado do trânsito e, a partir daí, poder optar pelas rotas mais rápidas para ir do ponto A ao ponto B.

    Estas aplicações utilizam inteligência artificial para interpretar os dados introduzidos por outros utilizadores, nomeadamente a indicação de acidentes, trabalhos na via ou trânsito congestionado, de modo a sugerir o trajeto ideal.

     

    Tome Nota:
    O conceito de Machine learning visa algoritmos que as máquinas podem usar para aprender a partir dos dados e criar o seus modelos analíticos

     

    Leia também:

     

     Desbloquear telemóvel com identificação facial

    Os smartphones mais atuais permitem aos utilizadores desbloquear o seu telemóvel com uma simples leitura do rosto ou da impressão digital, sem necessidade de inserir um código de desbloqueio.

    O FaceID da Apple, por exemplo, permite, através da câmara, mapear em três dimensões o rosto do utilizador. Sempre que este tentar desbloquear o telemóvel, o algoritmo compara o rosto com a imagem registada no sistema para validar a sua identidade. O reconhecimento facial pode ser também utilizado como modo de autenticação para pagar as compras, por exemplo. Os dados biométricos são já um facto da vida assumido em muitas industrias e incluisive a Banca já os utiliza como recurso para autenticação forte das suas operações,

     

    Algoritmos das redes sociais

    Os utilizadores de redes sociais têm cada vez maior noção de que aquilo que veem no feed é o resultado de um algoritmo que personaliza o conteúdo em função do modo como interagiram com outros posts, no passado. Mas a Inteligência Artificial vai mais longe e potencia, por exemplo, que uma imagem de um utilizador partilhada na rede social por um outro internauta possa ser rapidamente identificada.

     

    Tome Nota:
    O conceito de Deep Learning funciona com base em redes neuronais que com múltiplas e complexas camadas pode agregar maior complexidade de dados relacionando-os e interpretando-os

     

      

    Aplicações de streaming

    O uso de plataformas de streaming como a Netflix ou a Disney+ são outro exemplo de como a Inteligência Artificial está embrenhada no nosso dia-a-dia. Os algoritmos de recomendação destas plataformas fazem uma análise muito pormenorizada do que vimos, e a que horas vimos, para sugerir novas séries ou filmes a visualizar.

     

    Pesquisas por voz

    Alguns dos exemplos mais conhecidos de IA são a Siri da Apple, a Alexa da Amazon ou a Cortana da Microsoft, todos eles assistentes virtuais de voz. Através da chamada linguagem natural, os equipamentos dotados de IA conseguem reagir e responder a mensagens de dados de texto ou voz e responderem também com texto ou fala própria às questões que são colocadas pelos utilizadores.

     

    Leia também:

     

    O correio eletrónico

    Mais prosaico, e há muito parte do nosso dia-a-dia,  o email é outra ferramenta em que a IA deixa marca significativa, sem que a maioria dos utilizadores dê conta. A verificação gramatical ou ortográfica são ativadas enquanto o utilizador redige a mensagem e ajuda-o a escrever sem erros. Usam inteligência artificial e processamento de linguagem natural.

    Mas o correio eletrónico socorre-se também da aprendizagem da máquina (machine learning) para melhorar a cada email, enviado os filtros de spam, evitando que o utilizador seja incomodado com mensagens fraudulentas ou desinteressantes.

     

    Leia também:

     

    As principais tendências de futuro

    Já em 2021,  um estudo da consultora Accenture, estimava que a IA iria contribuir para aumento de 40% de produtividade nas empresas nos 15 anos seguintes.

    Decorridos os três primeiros anos, este caminho consolida-se. O Chat GPT está em franca expansão e tem sucessores cada vez mais sofisticados para criação de texto e conteúdo. A Inteligência Generativa ou seja, capaz de criar peças criativas nas áreas da Música e da Arte assim como da Imagem Gráfica já sustentam aplicações  que vão do Metaverso aos mecanismos de realidade aumentada.

    A medicina e a robótica avançada já dão provas concretas da aplicação positiva da IA. Nomeadamente por exemplo no diagnóstico e prevenção de doenças ou epidemias. Uma das armas no combate à pandemia de Covid-19 foi o  IA InferRead™ CT Lung COVID-19,  financiado pela União Europeia e aplicado em vários hospitais europeus. O combate ao cancro ou a doenças neurodegenerativas são também outra das frentes onde a aplicação de ferramentas de IA tem enorme potencial. 

    Quer no âmbito da saúde, como do acompanhamento a dependentes e idosos, a robótica avançada é uma realidade com que já se pode contar. Isto, ao mesmo tempo que a sua utilização em indústrias de ponta e de grande exigência como a aeronautica e a automóvel traz beneficios na gestão de tempo de produção e na gestão de custos em escala. 

     

    Há riscos associados à Inteligência Artificial?

    Um dos perigos apontados aos mecanismos de IA vem naturalmente associado à ética da sua aplicação e uso efectivo. Daí que se fale, por exemplo, na necessidade de se criar  regulamentação aplicável ao uso do ChatGPT, umas das ferramentas de IA. 

    É contudo importante distinguir o potencial de utilização destas tecnologias e as escolhas que se fazem para a sua aplicação.  É crítico que más práticas ou escolhas - sem qualquer principio ou regra ética  - não condenem ao desperdício todo o potencial de investigação assim como os enormes méritos do seu uso.

    Mantém-se ainda em aberto o papel do Homem na sua relação com a máquina. Ou seja, será a máquina um acessório que nos complementa ou substitui? Eis a questão a que os próximos anos vão responder. 

     

    Leia também:

     

     

     

    A informação deste artigo não constitui qualquer recomendação, nem dispensa a consulta necessária de entidades oficiais e legais.