Proteção na mobilidade

Proteção da mobilidade: e se tiver um só seguro para todos os transportes?

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Proteção da mobilidade: e se tiver um só seguro para todos os transportes? 31-07-2023

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

A mobilidade urbana tem vindo a sofrer grandes alterações. Os seguros tradicionais começam a dar lugar a um novo conceito: o da proteção na mobilidade.

Ou seja, soluções personalizadas que protegem os consumidores ao longo de todo o seu percurso, independentemente do meio de transporte. Descubra o que vai mudar no futuro dos seguros para automóvel.

Do foco no veículo para o foco nas pessoas: o que está a mudar

De acordo com o Relatório World Property and Casualty Insurance, da Capgemini Research Institute, em colaboração com a Qorus, 42% dos segurados pretendem uma única apólice, com cobertura ampla, independentemente da forma como se deslocam ou do meio de transporte que utilizam.

Se considerarmos os diferentes meios de transporte que se podem combinar para realizar a deslocação para o local de trabalho, para levar os filhos à escola ou para momentos de lazer, é mais fácil perceber esta necessidade.

Desde os transportes públicos até às deslocações a pé, passando pelas deslocações em trotinete; em bicicleta ou pelos modelos de mobilidade partilhada como o carpooling ou o carsharing, são cada vez mais as opções.    

Novos conceitos de seguros: PAYD e PHYD

Começam já a surgir no mercado novos tipos de seguro, em que o prémio é calculado consoante a distância percorrida e o estilo de condução:

  • O Pay-As-You-Drive (PAYD) cobra aos condutores de acordo com as distâncias percorridas. Neste caso, os condutores que utilizam mais a sua viatura vão pagar mais de prémio:
  • No Pay-How-You-Drive (PHYD) os condutores pagam de acordo com a sua condução, sendo possível cobrar prémios menores aos condutores que pratiquem uma condução mais segura.

Estes tipos de solução personalizada permitem também que os clientes possam estar cobertos pelo seguro, independentemente do meio de transporte. Quer utilizem autocarro; comboio; bicicleta; carro; trotinete ou qualquer outro meio de transporte, ficam sempre cobertos pela apólice.
O princípio fundamental do seguro de mobilidade é que deixa de se segurar um veículo individual para passar a cobrir um indivíduo que pode utilizar diversos meios de transporte.

 

O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?
A evolução da área dos seguros responde à evolução dos hábitos e rotinas dos consumidores. A resposta à suas próprias necessidades e perfil de utilização deve sempre guiá-lo na busca destas soluções.

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As seguradoras: novos serviços e parcerias

De acordo com o relatório World Property and Casualty Insurance, só cerca de 26% das seguradoras pensam estar preparadas para o desenvolvimento de seguros adaptados às novas tendências.
Estabelecer parcerias com entidades do setor da mobilidade pode ajudar a desenvolver novos modelos de negócio que respondam às necessidades atuais e futuras dos seus clientes.

Prevê-se que o atual modelo de contratação dos seguros evolua naturalmente para modelos tecnologicamente avançados, suportados por big data e inteligência artificial, que podem transformar profundamente o relacionamento entre as seguradoras e os clientes.

Passará a ser possível o Insurance on Demand. Esta ativação a pedido permite aceder ao seguro em qualquer lugar e em qualquer altura com um simples clique numa app que recorra a tecnologia GPS. 

O que se pode esperar do custo dos seguros

Como referiu Andrew Rose, presidente da OnStar Insurance, à revista da consultora McKinsey, “os veículos do futuro requerem seguros do futuro”. Graças à tecnologia e através de uma simples app, as seguradoras podem obter dados, em tempo real, do comportamento dos condutores.

 

As apólices passam a ser personalizadas, em função do estilo de condução e da utilização do automóvel. Na prática, a tendência pode passar por obrigar quem usa mais ou tenha condução menos segura a pagar mais.

A crescente implementação destes novos modelos de negócio poderá ter um enorme impacte. Nomeadamente:

  • Os prémios de seguro passarem a ser personalizados, calculados dinamicamente, em função das deslocações de cada cliente. No que diz respeito aos valores, a Capgemini prevê que os prémios dos veículos autónomos, conectados, elétricos e partilhados, na sequência da mudança de hábitos dos consumidores, aumentem oito vezes, até 2030; 
  • A assistência passa a ser automática, em caso de sinistro, podendo ser ativada segundos após a ocorrência;
  • As indemnizações de sinistro passam igualmente a ser processadas num curto espaço de tempo, após a sua ocorrência.

Os custos vão depender de vários fatores, como os meios de transporte utilizados, o perfil do condutor, a localização, a cobertura escolhida, e outros que em breve teremos oportunidade de conhecer.

 

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