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O preço de venda do gasóleo mantém-se acima dos preços praticados pela venda da gasolina.
Isto decorre muito diretamente do contexto de guerra que atravessamos mas não só. Tentamos sintetizar os motivos pelos quais o preço do diesel pago pelos portugueses já superou o preço a pagar pela gasolina.
Muita gente optou por comprar um carro a diesel por este combustível ser manifestamente mais em conta do que a gasolina. Isto no entanto tem vindo gradualmente a inverter-se e o custo a pagar pelo diesel e já mais elevado do que a gasolina.
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No início da última semana de setembro 2022, e de acordo com os dados Direção Geral de Energia e Geologia, o preço médio de um litro de gasolina simples 95 era de 1,814 euros enquanto o valor médio a pagar por um litro de gasóleo simples atingia 1,879.
Uma diferença que já foi maior, não estivéssemos a passar por um período de sucessivas revisões semanais em baixa do gasóleo. E sobretudo, não obstante o desagravamento fiscal de que este combustível tem beneficiado. Assim, como a gasolina, também o gasóleo, tem sido visado por reduções na cobrança fiscal, nomeadamente do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP).
O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?
Comprar carro novo, nomeadamente com soluções que possam contribuir para poupar no ambiente e no combustível, inclui uma avaliação prévia sobre o que realmente precisa e sobre os seus objetivos
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Os dez motivos que explicam a diferença de preços
1. Cotação internacional do gasóleo tem vindo a subir;
2. A refinação deste recurso depende de mercados terceiros;
3. Um dos mercados de que a Europa depende para o fornecimento deste produto refinado é o russo;
4. A Rússia mantém-se, à data, como um dos principais fornecedores na fileira de refinação daquele combustível
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5. Num contexto de maior escassez, a Europa concorre com países que mantém as suas necessidades desta matéria-prima, como é o caso dos Estados Unidos e da China;
6. Com as cadeias de fornecimento em processo de restruturação, e até se consolidarem novas alternativas de fornecimento, os preços mantém-se em alta;
7. O petróleo é ainda hoje uma opção energética para a produção de eletricidade. Aliás, pode substituir o carvão (em descontinuação progressiva) e o gás natural que também escasseia;
8. Em 2023 entra em vigor uma das restrições europeias para fazer frente à Rússia que passa por proibir importar refinação russa por via marítima;
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9. No caso especifico da gasolina, é a Europa que a refina ou seja, não carece que fornecimento alheio – não obstante manter-se dependente da matéria-prima em bruto;
10. Resta-nos aguardar que face ao contexto recessivo que pode advir do contexto inflacionista e das taxas de juro mais elevadas possamos contar com uma descida do custo do crude e dos produtos que resultam da sua refinação.
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