Seguros financeiros

Seguros financeiros: o que são, diferentes tipos e como escolher

Proteção

Poupar e rentabilizar estas poupanças é uma preocupação de todos. Os seguros financeiros podem ser uma solução. 11-08-2020

Conheça os diferentes tipos de seguros financeiros e como podem ser uma alternativa para a rentabilização das suas poupanças.

Os seguros disponíveis no mercado são divididos em dois grandes ramos: o designado ramo Não Vida e o ramo Vida. Dentro deste último grupo, existem três grupos de seguros: os seguros de vida, os seguros de nupcialidade e natalidade e os seguros financeiros.

Os seguros financeiros, por sua vez, dividem-se em duas modalidades: os seguros de capitalização e os seguros ligados a fundos de investimento (ou unit linked).

Como as taxas de retorno da maioria dos produtos bancários são, atualmente, muito reduzidas, as famílias têm procurado alternativas para rentabilizar as suas poupanças, nomeadamente através do recurso aos seguros financeiros.

Leia Também:  Os 12 mandamentos do investidor

 

O que são e como funcionam os seguros financeiros?

Os seguros financeiros têm como único objetivo a rentabilização de capital a médio e longo prazo. Ou seja, o tomador de seguro recebe, na generalidade dos casos, o capital investido e o rendimento gerado.

As duas modalidades de seguros financeiros respondem a necessidades e objetivos distintos. A escolha de cada um destes seguros - seguros de capitalização e os seguros ligados a fundos de investimento, ou unit linked - depende dos objetivos financeiros que o tomador de seguro pretende atingir, mas sobretudo do seu perfil de investidor.

Na prática, os seguros financeiros fazem, muitas vezes, depender a sua rendibilidade de fundos de investimento, podendo haver ou não riscos. Os seguros de capitalização podem garantir, com maior grau de probabilidade, o capital investido e a rendibilidade mínima garantida, enquanto que os seguros unit linked podem não garantir nem uma coisa nem outra. Mas vejamos ao detalhe as suas principais diferenças.

 

Leia Também:  Mercado Forex: o que é, como funciona e quais os riscos

 

Seguros de capitalização e seguros ligados a fundos de investimento: principais diferenças

 

Os seguros de capitalização

Como o nome indica, os seguros de capitalização são produtos financeiros destinados à aplicação de poupanças com um nível de risco inferior aos seguros ligados a fundos de investimento.

Neste âmbito, o segurador compromete-se a pagar um valor fixado a priori em troca do pagamento de um prémio único ou periódico. Esta particularidade permitirá, por exemplo, ao tomador de seguro criar uma poupança programada e flexível a médio ou a longo prazo.

Importa, contudo, saber que apesar de os seguros de capitalização garantirem o capital investido, podem não ter uma rentabilidade mínima garantida. Isto porque estes seguros estão normalmente associados a dois tipos de remuneração:

  1. Rendibilidade garantida: uma taxa de juro que é garantida todos os anos, podendo variar no momento da renovação da apólice. Atualmente, é possível obter níveis de retorno superiores a 1%, portanto, acima da taxa média de retorno dos depósitos a prazo, que ainda confere taxas muito perto de zero.
  2. Participação nos lucros do Segurador: algumas apólices têm uma componente variável e, na mesma medida, incerta, que acaba por resultar de uma fórmula de cálculo sobre os lucros da companhia de seguros.

 

Leia Também: Subscrição de PPR: Resgatar sem penalizar

 

Como não existe um fundo de garantia de seguros, a garantia sobre o capital investido é dada pelo próprio segurador. Isto significa que se o segurador for à falência, o tomador de Seguro (ou um eventual beneficiário), pode perder o capital investido.

Porém, como acontece noutros produtos da mesma categoria, são produtos com uma boa eficiência fiscal, pois, por serem produtos financeiros com um horizonte de investimento a médio ou longo prazo, gozam de vantagens fiscais em sede de IRS, nomeadamente na tributação sobre os rendimentos obtidos:

  1. 11,2% no resgate após oito anos;
  2. 22,4% no resgate entre o quinto e o oitavo ano;
  3. 28%  no resgate até ao quinto ano.

 

Leia Também: Serviços de informação bancária: funcionalidade e segurança

 

Os seguros ligados a fundos de investimento (unit linked)

Os seguros ligados a fundos de investimento ou a outros ativos financeiros têm capital variável e o valor a receber pelo beneficiário depende, total ou parcialmente, de um valor de referência que é constituído por unidades de participação. A forma como é constituído este valor de referência deve constar da apólice de seguro.

As unidades de participação são, por norma, representativas de fundos autónomos constituídos por ativos do segurador ou por unidades de participação de um ou vários fundos de investimento. A sua rendibilidade depende da evolução do valor daqueles ativos.

Neste tipo de seguro, o risco do investimento é assumido, total ou parcialmente, pelo tomador de seguro, podendo não haver lugar a quaisquer rendimentos ou até implicar perda do capital investido.
Mas, atenção, pode - no melhor dos cenários - receber não só o capital investido, mas também todos os ganhos decorrentes da valorização dos ativos.

Os seguros ligados a fundos de investimento podem assumir diferentes modalidades, nomeadamente:

  1. De duração determinada ou indeterminada;
  2. Com entrega única ou com entregas periódicas, programadas, ou extraordinárias;
  3. De comercialização contínua ou com um período definido de subscrição;
  4. Com ou sem garantia de capital ou rendimento;
  5. Com ou sem reembolsos programados no período.

 

Os seguros unit linked podem ser subscritos junto de uma companhia de seguros ou através de um intermediário financeiro que tenha acordo de distribuição do seguro com a companhia de seguros.

 

Leia Também: Investir as suas poupanças aconselha a prudência

 

A importância de conhecer o seu perfil de investidor

Antes de subscrever um produto financeiro com riscos associados é fundamental que conheça o seu perfil de investidor. Nem todas as aplicações financeiras são adequadas a todos os investidores. Aliás, no caso dos seguros financeiros, é habitual que a seguradora ou intermediário financeiro trace o seu perfil de risco, através de um questionário de adequação que é feito a priori da subscrição.

Nos seguros financeiros que aqui abordamos, os seguros de capitalização podem ser considerados mais adequados a um perfil de investidor moderado, enquanto os seguros unit linked são mais adequados a perfis dinâmicos e arrojados.

Lembre-se que o conhecimento de todas as características do produto é fundamental para que tome decisões informadas e conscientes, evitando as consequências negativas de um investimento não adequado ao seu perfil ou expectativas.

 

Quais os perfis de investidor
Os Perfis do Investidor são classificados consoante diversas características, tendo em conta, principalmente:

  1. A aversão ao risco de perda do capital investido;
  2. A disponibilidade para assumir um prazo de investimento curto, médio ou longo;
  3. O nível de rendibilidade esperada, tendo em vista o capital investido e o prazo.

 

Principais Perfis:

Conservador
É avesso aos riscos de capital, rendimento e liquidez. Tem preferência por investimentos de capital garantido, com prazos curtos mesmo com menor rendibilidade.

Moderado
Assim como o perfil conservador, tem preferência por investimentos de capital garantido, mas tem disponibilidade para assumir uma aplicação de médio prazo.

Dinâmico
Tem disponibilidade para investimentos de médio e longo prazo e procura uma rendibilidade superior à média do mercado.

Arrojado
Procura aplicações com rendibilidade mais elevada do que a média do mercado. Mostra disponibilidade para aplicações com prazos mais curtos e para assumir o risco de perda total, ou até mesmo superior, ao capital investido.

 

O QUE A CAIXA PODE FAZER POR SI?

A Caixa e a seguradora Fidelidade apresentam alternativas de seguros financeiros que respondem a objetivos e perfis diferenciados.

SAIBA MAIS AQUI

 

Leia Também: