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Este é um relato de que já ouviu falar…
As reformas de quem hoje ainda trabalha, por exemplo a meio da sua carreira contributiva, podem não estar garantidas num futuro mais ou menos próximo. Os seus rendimentos serão de certeza penalizados pelo conhecido fator de sustentabilidade.
A nossa realidade demográfica determina reflexão. Baixa natalidade, alta longevidade, um sistema de segurança social que obriga a cada vez mais anos de trabalho e contribuições. Carreiras mais longas no entanto não implicam maior segurança no trabalho. O desemprego e a precaridade são realidade eminentes. Eis os principais desafios para a idade da reforma no contexto nacional e europeu.
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Baixos níveis de natalidade
De acordo com os resultados provisórios do Censos 2021, Portugal mantém uma rota de menor número de nascimentos, com uma população até aos 14 anos a diminuir face ao último estudo de 2011. Em 2021, a população com menos de 15 anos não chega a 13% da totalidade.
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Longevidade e envelhecimento crescente da população
Ao contrário do que acontece com as camadas mais jovens (até aos 15 anos), a população acima dos 65 anos aumentou face a 2011. Ao mesmo tempo, a população ativa entre os 25 e 65 anos recuou 5,6% - o que tende a criar desequilíbrios graves face ao número de pessoas ainda a trabalhar e a descontar para a segurança social.
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Sair da vida ativa em idades cada vez mais tardias
Numa sociedade cada vez mais envelhecida, com pouca margem de rejuvenescimento e portanto menor capacidade de financiar os subsídios de reforma, as pessoas são obrigadas a trabalhar até mais tarde. Como compatibilizar este contexto com maior competitividade e acelerada mudança tecnológica? Será que as empresas estão preparadas para acolher população cada vez idosa? Quais os planos de reciclagem e formação profissional em cima da mesa?
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Aumento da idade para entrar na vida ativa
Não obstante esta tendência de desequilíbrio, com pessoas cada vez mais idosas a trabalhar até cada vez mais tarde, a verdade é que os jovens começam chegar ao mercado de trabalho também cada vez mais tarde. Na generalidade dos casos, enfrentam um cenário de grande precaridade e escassez de rendimentos - com a penalização que isso implica na sua carreira contributiva.
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Desafios de formação e integração profissional
Num cenário de particular exigência e volatilidade económica para as empresas, os tópicos relacionados com a integração e formação profissionais obrigam a particular atenção. Por um lado pelo esforço de compatibilizar os perfis de formação com as reias necessidades do mercado de trabalho. Por outro lado, pela necessidade de se irem criando modelos de formação ao longo da vida capazes de responder às novas exigências da carreira. O objetivo é aquisição permanente de competências e a sua conversão.
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Volatilidade interna e internacional
O cenário recente de Guerra na Europa veio provar que nenhum contexto é adquirido. Ou seja, os termos da equação de cada geração podem mudar a qualquer momento. Maior contingência e volatilidade exigem maior criatividade e flexibilidade nas soluções de sustentabilidade para os esquemas de reforma. Os efeitos traduzem-se em mudanças nos planos que cada um de nós gizou para a sua reforma.
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