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Sente que o seu filho foi prejudicado com o fecho das escolas? Conheça o plano de recuperação das aprendizagens 21I23 Escola+.

O fecho das escolas e o ensino à distância devido à pandemia de COVID-19 conduziram à necessidade de recuperação das aprendizagens perdidas.

A falta de recursos, assim como outros fatores acentuados pela pandemia, comprometeram o percurso escolar de muitos alunos, em diferentes níveis e contextos.

Com o objetivo de recuperar conhecimentos e competências, o Ministério da Educação lançou o Plano 21I23 Escola+, que terá um horizonte de dois anos letivos.

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Aprender em contexto de pandemia

A escola foi uma das áreas onde mais se sentiram os efeitos da pandemia de COVID-19. As medidas de mitigação dos riscos de infeção obrigaram a dois confinamentos, ao fecho dos estabelecimentos, ao distanciamento social e à telescola. Uma realidade que trouxe dificuldades de aprendizagem e acentuou as desigualdades sociais.

Entre a difícil gestão de recursos de algumas famílias e a inexistência de qualquer meio de ligação com a escola, a pandemia gerou sérias dificuldades no que respeita às aprendizagens em diferentes níveis de ensino, mas não só. Também o desenvolvimento psicopedagógico e motor foram seriamente afetados.

Com vista a reduzir os efeitos deste período conturbado no ensino e na aprendizagem das crianças e jovens, o Governo lançou para o biénio 2021-2023 um plano que procura responder aos desequilíbrios daí resultantes.

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Plano 21I23 Escola+: em que consiste?

O Plano 21I23 Escola+ é um programa do Ministério da Educação com o objetivo de promover a recuperação das aprendizagens dos alunos dos ensinos básico (desde o pré-escolar) e secundário - incluindo o ensino profissional - prejudicadas pelas medidas de combate à pandemia de COVID-19, procurando garantir que ninguém fica para trás.

Trata-se de um conjunto de medidas a adotar pelas escolas com base em estratégias educativas diferenciadas dirigidas à promoção do êxito escolar de todos os alunos e, sobretudo, ao combate às desigualdades.

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O Plano para a recuperação das aprendizagens incide em três eixos principais de atuação:

Eixo 1: Ensinar e aprender (adoção de meios pedagógicos para um desenvolvimento curricular mais flexível, centrado no apoio aos alunos mais afetados pela pandemia);

Eixo 2: Apoiar as comunidades educativas (reforçar a capacidade de resposta, numa ação dirigida para a melhoria das aprendizagens, a inclusão e o envolvimento comunitário);

Eixo 3: Conhecer e avaliar (monitorização do Plano, promovendo a divulgação de estudos de eficiência, a partilha de práticas e a reavaliação das medidas adotadas, a nível nacional e por escola).

De acordo com o Governo, a operacionalização do Plano 21I23 Escola+ prevê um reforço dos recursos humanos nas escolas, uma especial aposta na formação e capacitação do pessoal docente e não docente, fomento dos recursos digitais e a disponibilização de equipamentos e infraestruturas (fatores considerados essenciais para recuperação das aprendizagens e competências).

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Como se aplica em cada escola?

Cada escola tem autonomia para aplicar e gerir as medidas de recuperação das aprendizagens, tendo em conta o contexto em que está inserida, a promoção do bem-estar, o programa educativo e a diversificação e qualidade das medidas, adequadas às necessidades da sua comunidade escolar.

Um dos exemplos do reforço da autonomia das escolas diz respeito ao calendário escolar. Os estabelecimentos de ensino, vão poder organizar o ano letivo em dois semestres, ao invés dos três períodos habituais, como forma de potenciar a qualidade da aprendizagem e avaliação dos alunos. É necessário que articulem previamente a definição do calendário com o município e com as outras escolas que o integrem.

Além disso, terão a possibilidade de alterar a configuração das turmas ao longo do ano para adequar o ensino e aprendizagem às características e necessidades dos alunos. Estas turmas dinâmicas que, de acordo com o Plano, distinguem-se da "turma administrativa construída para efeitos de definição da rede escolar”, visam uma gestão suficientemente flexível mas capaz de impedir o risco de “turmas segregadas ou em função de resultados académicos”.

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Qual o papel dos encarregados de educação?

Os pais e encarregados de educação têm um papel fundamental de supervisão, aconselhamento e apoio às medidas a implementar no âmbito da recuperação das aprendizagens.

Têm uma visão e experiência fundamentais na avaliação das necessidades específicas dos próprios filhos e têm a responsabilidade de colaborar com as escolas - diretores de turma e docentes - no sentido de garantir que o plano é adequado e tem resultados.

Inserido no Eixo 1 (Ensinar e aprender), o tópico + Família tem como base a criação de instrumentos para a construção de um envolvimento mais eficaz das famílias com a escola. Todos quantos integram o processo educativo da criança ou jovem garantem um papel ativo.

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Algumas medidas no âmbito do Plano 21I23 Escola+

Entre as medidas previstas no plano para a recuperação das aprendizagens estão alguns exemplos como:

• A possibilidade de as escolas criarem turmas dinâmicas;
• A possibilidade de organização do calendário escolar em semestres;
• A possibilidade de os alunos frequentarem disciplinas em que tiveram insucesso no ano letivo anterior;
• A criação do Quarto Período, um programa transversal, ao longo do ano letivo, de fruição e produção cultural;
• A aposta na especialização no Ensino Profissional e a criação de Centros Tecnológicos Especializados;
• A criação do programa Desporto escolar - Comunidades;
• A integração do Desporto Escolar Sobre Rodas na oferta desportiva escolar.
  Os programas, destas e outras ações, específicas para promover a recuperação das aprendizagens, podem ser consultados online na plataforma do Plano 21I23 Escola+. Deve contudo, sempre obter informação mais concreta junto da escola do seu filho onde o Plano irá aplicar-se. Saiba nessa altura de que modo o seu filho pode beneficiar e de que modo os pais também o pode ajudar.

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