23 dez 2024
A questão, ao nível da política monetária, é qual a margem que os Bancos Centrais terão para cortar as taxas diretoras. Narrativa, de forma ilustrativa, sobre a evolução dos mercados financeiros em 2024 e os potenciais cenários e eventos que deverão marcar o ano de 2025. Em 2024, a economia global evidenciou um crescimento sólido, contudo, a moderar e desigual entre diferentes regiões, tanto em termos de atividade económica, como de inflação. O ano foi também caracterizado por uma mudança significativa da política monetária em que os principais bancos centrais de economias desenvolvidas, com realce para o BCE na Área Euro e para a Reserva Federal nos EUA, iniciaram ciclos de flexibilização, reduzindo as taxas de diretoras pelo menos uma vez. Para 2025, perspetiva-se que o crescimento económico global permaneça sólido apesar das incertezas, com possíveis implicações para o crescimento, a inflação e os mercados financeiros. De entre estes fatores, destacam-se as políticas da nova Administração dos EUA, as mudanças no comércio internacional, os desafios fiscais em economias avançadas, como os da Área Euro, o contributo dos avanços tecnológicos recentes para a produtividade e as tensões geopolíticas. No Médio Oriente, a escalada de conflitos pode causar o aumento dos preços do petróleo e do gás natural, prejudicando economias importadoras e exacerbando as pressões inflacionistas globais. No que respeita aos mercados financeiros, o contexto de normalização das políticas monetárias, em paralelo com a resiliência da economia global e a evolução benigna da inflação, poderá ser gerador de suporte ao desempenho da generalidade das classes de ativos. Contudo, fatores exógenos, como os de âmbito político, o aumento das tensões geopolíticas e os antagonismos no comércio internacional, poderão gerar receios e, dessa forma, potenciar períodos de elevada volatilidade.
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