26 dez 2025
A questão, ao nível do crescimento económico, é qual a capacidade de preservar a confiança dos mercados perante disrupções tecnológicas e geopolíticas Narrativa, de forma ilustrativa, sobre a evolução dos mercados financeiros em 2025 e os potenciais cenários e eventos que deverão marcar o ano de 2026. O ano de 2025 foi marcado por um contexto económico global de elevada resiliência apesar da persistência do ruído político e da incerteza regulatória. A economia global demonstrou uma capacidade de adaptação extraordinária num contexto em que as finanças e, sobretudo, o comércio, com um aumento muito significativo das tarifas aduaneiras importas pelos EUA, continuaram a ser utilizados como instrumentos ao serviço da gestão política. Para tal contribuiu o papel decisivo da política monetária, com os principais bancos centrais a iniciaram e em alguns casos a aprofundarem a transição do ciclo restritivo para uma fase de calibração. Nesse sentido, 2026 surge como um possível marco de transição para os mercados globais, em que muitos economistas convergem para uma visão de crescimento global moderado, mas sustentado. Esta trajetória reflete um equilíbrio delicado entre estímulos fiscais, normalização monetária e forças disruptivas como a IA. Enquanto nos EUA a economia permanece dinâmica, na Europa, a evolução da atividade poderá ser mais lenta, apoiada por políticas industriais e estímulos fiscais direcionados à transição energética e à digitalização. Na Ásia o quadro é heterogéneo, com a China a enfrentar um crescimento estruturalmente mais baixo e a Índia a afirmar-se como motor da atividade global. No que respeita aos mercados financeiros, este quadro implica uma maior dispersão desempenhos entre ativos, segmentos, geografias e setores. A palavra-chave deverá ser flexibilidade, de forma a integrar estratégias temáticas, tais como inteligência artificial, critérios ESG e transição energética com a captação de oportunidades e proteção e valorização do capital.
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