
Fotos da exposição
A exposição dedicada à construção do edifício Sede desdobra-se em 3 momentos, cuja importância se delimita pelas suas barreiras cronológicas. O Antes é representativo de um contexto histórico. São as memórias da cidade de um tempo em que existia uma fábrica de cerâmica. O Durante revela aspetos marcantes da construção de um edifício de magnitude invulgar em Portugal, que ilustram as suasfuncionalidades. Agora, mais do que uma análise de aspetos práticos, é um momento de reflexão que demostra o esforço da CGD em conciliar a responsabilidade social com o desenvolvimento de uma política sustentável.
Esta exposição foi pensada com o intuito de mostrar a todos, à comunidade, a preocupação da CGD no planeamento deste edifício. Na altura, único em Portugal, potenciou a aquisição de conhecimentos sobre especialidades e técnicas de construção, através da deslocação a outros países onde já era possível encontrar edifícios com esta complexidade.
Data de 1908 a instalação da fábrica de cerâmica, delimitada pela Quinta de Santo António, pela Quinta da Conceição, Praça de Touros do Campo Pequeno e pelo Palácio dos Condes das Galveias. Em 1919 operou-se a transição de uma empresa familiar para uma estrutura de companhia empresarial.
A produção artística na fábrica era realizada pelo atelier do pintor Jorge Colaço (1868-1942). A fábrica desenvolvia alguns tipos de técnicas: aerografia, tubagem e estampilhagem. Em 1971 assinalou-se a extinção da atividade de produção fabril e em 1981 iniciaram-se as negociações entre a CGD e os herdeiros da empresa Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia para a aquisição dos terrenos.
A autorização para aquisição dos terrenos para a instalação da futura sede, foi aprovada pelo Conselho de Ministros em 1981, tendo-se realizado a escritura de compra em 26 de agosto. Em 1984 deu-se início ao concurso para construção do complexo apurando-se como vencedor, o Consórcio da Lusotecna, cujo chefe de projeto era o arquiteto Arsénio Raposo Cordeiro (1940-2013).
A 15 de julho de 1987 foi efetivado o início da construção através da cerimónia oficial do lançamento da 1ª pedra, presidida pelo então Administrador-Geral Dr. Oliveira Pinto e os restantes membros da Administração.
Os trabalhos seguiram-se a bom ritmo, tendo atingido elevados rendimentos na construção das estruturas. Nos últimos meses para a sua conclusão, a média alcançada excedeu os 600m² de pavimentos por dia. Nesta fase, assim como na da intensidade dos acabamentos, a média diária de operários atingiu cerca de 1 600, chegando a estar montadas, em simultâneo, 3 centrais de betonagem e 13 gruas.
Em 27 de abril iniciou-se a transferência dos Departamentos Centrais seguida da abertura ao público da Agência Central Sede a 1 de julho. A inauguração da Culturgest foi assinalada a 11 de outubro. A transferência da Administração concretizou-se a 14 de Março, sendo que, no final de outubro já estavam em pleno funcionamento todos os Órgãos de Estrutura nas novas instalações. Processo alargado, no final do ano, às empresas do Grupo CGD.
A CGD tem tido, ao longo dos seus 142 anos de existência, uma preocupação constante com a responsabilidade social. Enquanto entidade de referência, promove critérios de desenvolvimento sustentável baseados nos valores e cultura da empresa, tendo como resultado uma instituição económica/ financeira rentável, justa socialmente e geradora de iniciativas de Sustentabilidade.
A existência de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) na Caixa desde 2013, permitiu otimizar os recursos disponíveis, naturais e energéticos, minimizar o desperdício, reduzir o consumo e por sua vez os custos. A certificação está sujeita a uma monotorização contínua para que se possa assegurar a sua manutenção e o cumprimento dos compromissos daí provenientes.
O Programa Reciclagem de Cartões Bancários foi desenvolvido no âmbito do SGA que visa gerir e reduzir os impactos ambientais decorrentes da atividade da Caixa. Tendo por base o conceito de Economia Circular, os cartões bancários e não bancários, são passíveis de serem valorizados através da reciclagem do plástico que se transforma em peças de mobiliário, com o objetivo de serem oferecidas a instituições de solidariedade social. Desde 2015, foram recicladas mais de 11 toneladas de cartões bancários.
A conceção das suas instalações, no que concerne aos aspetos ambientais e ecológicos, constitui uma preocupação para a CGD. O exemplo recai sobre o Edifício Sede, que inclui sistemas de poupança de água e energia, separação seletiva de papel, plástico, tinteiros das impressoras, racionalização do consumo de papel e preocupação em selecionar fornecedores que partilhem com a Caixa, as boas práticas sociais e ambientais.