Caixa Cultura Vencedores

15 jul 2024

Divulgação dos vencedores da 5ª edição

Vencedores dos 7 projetos.

Baixos Sumptuosos da Patriarcal

Associação Bonne Corde

No final do século XVIII, à medida que a prática do baixo contínuo cai em desuso e se instauram novos modelos de escrita de raiz clássica, surge, pelas mãos dos compositores da Capela Patriarcal, ao serviço da corte, um tipo de repertório sacro específico e único entre os vários contextos europeus coevos, tanto pelas características instrumentais como pela sua sistematização, tendo-se mantido em prática até às primeiras décadas do séc. XIX. De forma bastante inventiva, são atribuídos novos papéis aos instrumentos do baixo contínuo, numa tentativa de simular a escrita orquestral clássica através de partes solísticas para dois violoncelos e dois fagotes.

No seguimento do trabalho doutoral da sua diretora artística, Diana Vinagre, o Ensemble Bonne Corde faz o primeiro passo para a redescoberta moderna deste repertório. Os Baixos Sumptuosos da Patriarcal recuperam a Missa a 4 António de Pádua Puzzi, num projeto que inclui a apresentação em concerto no FIOMS (Festival Internacional de Órgão e Música Sacra-Porto), a gravação fonográfica para a editora Ramée-Outhere Music e a edição moderna da partitura em parceria com o MPMP – Património Musical Vivo. O projeto Baixos Sumptuosos da Patriarcal realiza-se com o apoio da Direcção-Geral das Artes, Antena 2 e INET-md (FCSH-NOVA).

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"CD Livro Fernando Lopes Graça"

Miguel Borges Coelho

A obra de Lopes-Graça está ainda insuficientemente integrada no repertório vivo do piano. Para que tal venha a suceder é necessário “normalizá-la”, seja diversificando as opções interpretativas gravadas, seja assegurando-lhes a sua presença nas grandes plataformas de streaming — uma presença ainda demasiado escassa. Não menos escassa é a investigação em análise dedicada ao compositor.

É neste contexto que surge a ideia de reunir num só objeto editorial um CD com uma seleção de obras para piano de Lopes-Graça interpretadas por Miguel Borges Coelho (Segunda Sonata para Piano, Glosas sobre Canções Tradicionais Portuguesas, Oito Bagatelas, Embalos Sobre Melodias Populares Portuguesas I, II e III — até hoje inéditos — e Música Festiva nº 18, para os 18 Anos do Miguel Borges Coelho) e um livro que, para além das habituais notas informativas, incluirá um estudo analítico escrito a quatro mãos pelo intérprete e pelo compositor Daniel Moreira (ambos professores na ESMAE-IPP e investigadores integrados no CEIS20-UC).

Garantida a escuta independente através das principais plataformas de streaming, o objeto físico convidará para além disso o ouvinte a cruzar informação com o leitor.

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"Documentário sobre Maria Filomena Molder"

Abílio Leitão Unipessoal Lda.

Maria Filomena Molder é uma das poucas mulheres filósofas portuguesas e talvez a única de reconhecido mérito e com projeção internacional. Nasce em Lisboa em 1950 forma-se em 1971 e doutora-se em 1992. Foi discípula de Fernando Gil e pôs no mapa da cultura portuguesa um conjunto de filósofos e poetas alemães pouco estudados, como Walter Benjamin, Aby Warburg, Hermann Broch e outros como Kant, Nietzsche, Goethe, que ela aborda a partir de um ponto de vista particular, ousado e original.

O documentário, com realização de Abílio Leitão e guião de Alexandre Melo aborda o universo da escrita e reflexão de Maria Filomena Molder, com o recurso a registos diversos, a depoimentos de companheiros de vida, de críticos e de especialistas em filosofia conhecedoras da sua obra e que com ela trabalharam em pesquisas, edições, seminários ou conferências como Eduardo Jorge Oliveira, Universidade de Zurique, Javier Arnaldo, Universidade Complutense de Madrid, ex-diretor do departamento de arte moderna do Museu Thyssen em Madrid, Maurizio Gribaudi, EHESS, Paris, Historiador e Demógrafo ou Fabrizio Desideri, Università degli Studi di Firenze, especialista em Estética.

Pretende-se, assim, dar a conhecer uma voz singular do pensamento filosófico português.

"FIMCO / Jovem Orquestra Portuguesa"

Orquestra de Câmara Portuguesa

O Festival Internacional de Música de Câmara de Oeiras 2024 (FIMCO) promove a profissionalização dos jovens músicos da Jovem Orquestra Portuguesa (JOP), num contexto de encontro com os profissionais da Orquestra de Câmara

Portuguesa (OCP) e outras iniciativas, como a Orquestra dos Navegadores (ON) e o ensemble Notas de Contacto, além do convidado internacional Lê Quan Ninh.

O festival representa o corolário de uma intensa atividade de preparação, com diversas residências de ensaio, abertas à comunidade. Lê Quan Ninh, compositor francês de ascendência vietnamita, vai apresentar uma cocriação com os jovens músicos da JOP para o concerto de encerramento, no dia 29 de setembro. O festival vai decorrer de 27 a 29 de setembro de 2024:
27 setembro: Concerto de Abertura com OCP e convidado internacional, no Salão Paroquial de Nova Oeiras;
28 setembro: Concerto JOP e ON juntam-se no Bairro dos Navegadores; concerto Música de Câmara com solistas da OCP, no Auditório José de Castro, em Paço de Arcos; concerto Música de Câmara com convidado internacional e músicos JOP, no Auditório OCP, em Algés.
29 setembro: Concerto JOP com Lê Quan Ninh, no Auditório da Escola Luís Freitas Branco, em Paço de Arcos; Concerto de Encerramento JOP, com a direção de Pedro Carneiro, no Auditório Ruy de Carvalho.

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"Livrinhos do Teatro 2024/2025"

Artistas Unidos

A coleção LIVRINHOS DE TEATRO dedica-se à divulgação da dramaturgia contemporânea, revelando, muitas vezes, autores inéditos em Portugal. Com o apoio CAIXA CULTURA editaremos 5 novos volumes desta coleção promovida pelos Artistas Unidos em parceria com a "Snob - Livraria e Editora":
Frederik Brattberg – Farra/ Romper do Dia
Arthur Miller – Todos os Meus Filhos
Robert Icke e Duncan Macmillan (a partir de George Orwell) - 1984
Xavier Durringer - A Love Supreme
Nathalie Sarraute - Isma ou o Que se Chama Nada

Os Artistas Unidos (companhia de teatro fundada em 1995) dedicam-se à dramaturgia contemporânea. Produziram mais de 130 espetáculos, revelando vários autores inéditos em Portugal, como Sarah Kane ou Jon Fosse, entre outros. Em 2001, lançaram a coleção LIVRINHOS DE TEATRO que publica, ao ritmo de 10 livros/ano, com uma tiragem média de 300 exemplares. Esta coleção conta com 175 volumes e mais de 300 peças e tem gerado, pela qualidade dos textos, centenas de espetáculos profissionais, amadores ou escolares. A pertinência da coleção justifica-se pela relevância das peças no contexto da dramaturgia contemporânea (portuguesa e estrangeira), pelo acesso a livros de pequeno formato a baixo preço e pela inexistência destas obras traduzidas, uma vez que não correspondem a publicações comerciais. Esta coleção tem contado com o apoio do programa Caixa Cultura, fundamental para a continuidade da existência da mesma.

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"Sonhar África num Outono em Lisboa - uma memória-geradora"

CHAPITÔ - Coletividade Cultural e Recreativa de Santa Catarina

Sonhar África num Outono em Lisboa

“Sonhar África num Outono em Lisboa – uma memória-geradora” visa a produção de um filme-documentário que se constitua como registo histórico do evento “Sonhar África num Outono em Lisboa”, reativando as premissas de coesão e diversidade cultural que sustentam a relação de Portugal com os PALOP’s.

O programa foi concebido pelo Chapitô na 1ª metade dos anos 90. Foi um programa pioneiro no pós-25 de Abril como “irrupção” das representações positivas das Áfricas que falam português. Depois das dores da descolonização e das guerras, eis que chegaram e se mostraram artistas, intelectuais e as singularidades culturais.

Foi uma inovação que merece maior e melhor memória – que neste caso pretende ser uma memória-geradora.

Pretendemos recuperar, num documentário, esses anos intensos em que o Chapitô contribuiu de forma muito relevante para o diálogo com os PALOP´s e promoveu a reescrita positiva de uma aproximação com os novos países de língua oficial portuguesa.

Em Setembro de 2025, no lançamento público do documentário, propomo-nos, em cooperação alargada, dinamizar um Seminário Internacional sobre Portugal e a Africanidade, para além de Exposições, Debates e Mostras Culturais dos países referenciados.

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"SÚBITO - Festival Mulheres Compositoras"

Luísa Correia da Silva

SÚBITO é a primeira edição de um festival dedicado ao trabalho de mulheres compositoras, da Idade Média até ao presente. O festival apresenta quatro concertos, com um programa musical selecionado e comentado pela musicóloga Inês Thomas Almeida, e ainda uma série de atividades paralelas, como conferências, mesas-redondas e cinema. A acontecer em 2025, esta iniciativa conta também com o apoio da FLAD (Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento).

SÚBITO revela, de repente, um vasto leque de mulheres compositoras de qualidade extraordinária, que apenas por preconceito histórico ficaram esquecidas. Ao contrário do que se imagina, a presença de compositoras ao longo de toda a História é significativa, tendo muitas delas sido reconhecidas e influentes nas respetivas épocas. Assim, é imperativo oferecer uma visão verdadeira e justa da História da Música e do papel da mulher na sociedade e na cultura. Além disso, o encobrimento destas obras representa um enorme desperdício de riqueza artística.

Por fim, SÚBITO atende ainda à necessidade de atualizar o circuito da música clássica, no sentido de o tornar mais acessível, inclusivo e diverso - a nível disciplinar e de público.

Mais informações sobre a próxima edição do Programa Caixa Cultura, a partir de janeiro de 2025.

Porque a Cultura faz parte de nós.

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