José Joaquim Camacho Campelo de Sousa

O primeiro Administrador-Geral pós Revolução de 1974

A Administração com um dos períodos mais curtos da história da CGD, numa época politicamente conturbada, logo após o 25 de abril.

A Administração de José Joaquim Camacho Campelo de Sousa foi, talvez, um dos períodos mais curtos em que algum Administrador-Geral se manteve em funções na CGD. Provavelmente reflexos da época politicamente conturbada que se vivia em Portugal nos anos de 1975-1976.

Camacho de Sousa foi nomeado Administrador-Geral, por despacho ministerial em 29 de abril de 1975, tendo ocupado o cargo apenas a 5 de junho. A sua administração não duraria um ano, pois, e a seu pedido, deixou de exercer o cargo, nos termos do despacho ministerial de 26 de março de 1976, com efeitos a partir de 1 de abril.

Durante a sua permanência como Administrador-Geral, e particularmente no decorrer do ano de 1975, participou em diversas ações que, como representante da CGD, e com a experiência que a função lhe fornecia, era solicitado a dar o seu contributo. Em junho, integrado numa comitiva ministerial, deslocou-se aos Açores a fim de participar num seminário subordinado ao tema “Análise da situação da banca”. Posteriormente, em setembro, participa, na Colômbia, no XI Congresso Mundial das Caixas Económicas. No mês seguinte, em Madrid, representa a CGD na 15ª Conferência do “Centre International pour le Crédit Communal”.

A sua saída, repentina, da CGD obrigou a nova situação de recurso em termos de “governação”. Mais uma vez o Vice-Presidente Júlio dos Santos Rodrigues foi chamado a assumir os destinos da Caixa como Administrador-Geral substituto.

José Camacho de Sousa nasceu em Matosinhos a 9 de junho de 1930 e era licenciado em economia.

Zacarias Dias
Gabinete do Património Histórico da CGD
Fevereiro de 2012

Acesso Caixadirecta

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