Feira do Livro: Uma jornada literária onde a presença da Caixa é já uma tradição

24 jun 2025

Por Helena Real Gomes
Gestora de Comunicação da Direção de Comunicação e Marca da Caixa

Ao longo dos seus 149 anos da sua existência, a Caixa tem vindo a afirmar um compromisso sólido com a sociedade, que se estende para além da sua atividade core. Através de uma atuação consistente no domínio da responsabilidade social, tem contribuído para a valorização da Cultura em Portugal, reconhecendo-a como um pilar essencial na construção das futuras gerações.

Acreditamos no valor da Cultura como motor económico e social. Com um histórico de participações, apoios e parcerias em diversas iniciativas - muitas delas com forte impacto mediático, a Caixa tem estado presente, de forma constante e colaborativa, na valorização e no reconhecimento das diferentes tradições culturais.

Nestas iniciativas culturais que partilham a chancela da Caixa, há marcos importantes que continuam a assistir a Cultura em Portugal. O maior desses acontecimentos, a nível literário, é a Feira do Livro de Lisboa que conta com a colaboração da Caixa há várias décadas.

Este evento, inicialmente designado como “Semana do livro”, teve a sua 1.ª edição em 1931 e ficou instalada na Praça D. João IV, em Lisboa. A sua organização ficou a cargo da Associação da Classe de Livreiros de Portugal, atual Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), com o apoio do município. A sua ambição já era promover a leitura e a educação, facilitando o acesso aos livros a preços mais acessíveis.

Nas décadas subsequentes e com o aumento da literacia em Portugal e a consolidação da indústria editorial, a Feira foi ganhando uma maior projeção. Durante os anos do Estado Novo sofreu com as restrições na censura de títulos, mas posteriormente a 1974, expandiu-se com maior diversidade editorial e com a presença em ascensão de editoras estrangeiras.

Nos últimos anos, a Feira do Livro tem vindo a diversificar a sua programação. Às atividades principais juntaram-se outras iniciativas paralelas que estimulam e enriquecem a experiência dos leitores, e ampliam o impacto cultural do evento, passando a iniciativa a integrar debates, sessões de autógrafos, apresentações e lançamentos de livros. As crianças passaram também a ser público de destaque com espaços dedicados a atividades especificas, como os ateliês de leitura e os contadores de histórias.

Passo a passo, e mesmo em plena era digital, a Feira do Livro consolidou-se como o evento literário mais aguardado do ano, refletindo, naturalmente, a evolução tecnológica e a preocupação com a sustentabilidade ambiental.

Esta jornada literária vai na 95.ª edição, consolidando-se como um dos eventos culturais mais relevantes do país. Em 2024, alcançou um novo recorde de participação, com 955.000 visitantes, refletindo o crescente interesse do público.

A Caixa tem mantido uma presença regular no recinto, numa lógica de apoio à acessibilidade e de valorização da experiência dos visitantes. Esta colaboração, reconhecida pela APEL, insere-se no compromisso da CGD com a promoção da cultura e da inclusão.

Esta edição, decorreu até 22 de junho no Parque Eduardo VII, com entrada gratuita e uma programação contínua ao longo de 19 dias, reuniu 350 pavilhões e mais de 85 mil títulos, num ambiente que combina literatura, sustentabilidade e inclusão.

A Feira do Livro é mais do que um evento. É um reflexo vivo da nossa identidade cultural e da exaltação coletiva pelos livros e pelas histórias que nos contam.

Helena Real Gomes, integra a equipa responsável pela comunicação institucional, com enfoque na promoção da cultura e da memória institucional da Caixa. Com um percurso profissional ligado à valorização do património histórico da CGD, tem desenvolvido projetos que cruzam a memória da instituição com a sua identidade contemporânea.

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