Atividade Consolidada a 30 de junho de 2020

31 jul. 2020

Resultados Consolidados - 1º semestre de 2020

(Informação financeira não auditada)

Resultado líquido consolidado alcança 249 M€ (198 M€ em base recorrente). Reforço preventivo de imparidades impacta nos resultados.

CGD mantem integralmente o nível de operacionalidade e reforça significativamente o apoio às familias e empresas. Resposta à pandemia Covid-19 impacta nos resultados do 1º semestre de 2020.

O resultado líquido consolidado do primeiro semestre de 2020 atingiu os 249 milhões de euros, (-41% face ao mesmo período de 2019), equivalente a um ROE de 6,2% (descida de 4,5 p.p. face ao homólogo);

Este valor inclui um resultado extraordinário de 51 milhões de euros (depois de impostos) decorrentes de ganhos atuariais nas responsabilidades com benefícios pós-emprego (fundo de pensões e plano médico). Deste modo, o resultado líquido corrente foi de 198 milhões de euros o que corresponde a uma redução de 30% face ao resultado corrente do primeiro semestre de 2019 e a um ROE de 5%;

O custo de risco de crédito atingiu 0,31% fruto do reforço de imparidades e provisões de 156 milhões de euros por antecipação dos efeitos da pandemia Covid-19. Sem esse reforço ter-se-ia mantido negativo;

Os custos de estrutura recorrentes apresentam uma redução de 7% face a junho de 2019 refletindo uma melhoria nos níveis de eficiência evidenciada pelo rácio cost-to-income recorrente de 44%⁽¹⁾ na atividade doméstica;

Os depósitos de clientes aumentaram 4,9 mil milhões de euros no semestre, evolução essencialmente justificada pela captação da CGD Portugal, impulsionado pelo aumento da taxa de poupança das famílias e demonstrando a confiança dos clientes na Caixa;

O stock de crédito a empresas em Portugal (excluindo os sectores de construção e imobiliário) cresceu 8,5% nos primeiros seis meses no que constitui o maior crescimento semestral dos últimos oito anos, reforçando o apoio às empresas;

Na produção de crédito à habitação a CGD manteve no semestre a tendência de aumento da quota de produção que atingiu 20%, apesar da redução de 2% face ao mesmo período de 2019, refletindo o abrandamento resultante dos efeitos da pandemia;

Melhoria da qualidade dos ativos com rácio de Non-Performing Loans a reduzir para 4,4% que, a par do reforço de imparidades atinge um rácio de NPL líquido de imparidades de 0,6% (se consideradas todas as imparidades de crédito);

Os rácios de capital atingiram 16,6% no capital core (CET1) e 19,1% no capital total, situando-se acima da média expectável para os bancos da zona euro;

CGD realizou operação de financiamento junto do BCE, de mil milhões de euros, no âmbito das novas operações de financiamento de prazo alargado (TLTRO).

Aviso

As demonstrações financeiras foram preparadas com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, e das disposições do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de fevereiro. A informação financeira reportada é não auditada.
Os valores e rácios apresentados reportam-se a 30 de junho de 2020, exceto menção em contrário. Os mesmos poderão ser valores estimados, sujeitos a alteração aquando da sua determinação definitiva. Os rácios de solvabilidade incluem o resultado líquido do período.
Os primeiros meses de 2020 têm sido marcados pela pandemia COVID-19. Como consequência da propagação da doença, com casos confirmados em mais de 200 países e territórios, têm sido tomadas de forma generalizada medidas drásticas para a respetiva contenção, de que se destaca a restrição à mobilidade de pessoas, o encerramento de fronteiras e condicionamento ao exercício de um conjunto vasto de atividades económicas. Na fase final do semestre, vários países passaram a uma fase de desconfinamento permitindo o retomar da atividade económica embora com limitações aplicadas a diferentes sectores. Consequentemente, diversos indicadores económicos divulgados em referência ao primeiro trimestre, confirmaram já uma forte desaceleração da atividade económica a nível mundial o que permite antecipar um cenário de recessão global, com uma elevada incerteza relativamente à sua profundidade e duração.
Naturalmente que são antecipados impactos, ainda incertos, na atividade do Grupo e na sua capacidade para atingir as suas metas económico-financeiras, cujo grau dependerá de múltiplos fatores, como sejam a profundidade da crise económica, a extensão temporal da mesma, os sectores económicos mais afetados, a natureza e o impacto das medidas de política monetária e orçamental que os diversos bancos centrais e governos adotaram e adotarão, nomeadamente ao nível da União Europeia.
Em face destas incertezas, com base na informação disponível à data, não é possível estimar com fiabilidade os efeitos financeiros desta pandemia, incluindo no que se refere à valorização dos ativos financeiros e não financeiros e à mensuração das perdas esperadas na carteira de crédito que serão registados prospectivamente.
O presente documento destina-se apenas a disponibilizar informação de caráter geral, não constituindo aconselhamento sobre investimento ou aconselhamento profissional, nem podendo ser interpretado como tal.

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⁽¹⁾ Excluindo custos não recorrentes.

Acesso Caixadirecta

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