EFC - Lisboa

7 dez 2022

“Perspetivas para 2023”

A Caixa Geral de Depósitos realizou, a 12 de dezembro, na Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, em Lisboa, o último Encontro Fora da Caixa de 2022, que contou com a presença do Ministro das Finanças, Fernando Medina, e outros convidados de relevo. O mote deste último Encontro de 2022 foi Perspetivar o ano de 2023.

A abertura da Conferência coube ao Presidente do Conselho de Administração da Caixa, António Morais, que recordou o conjunto de Encontros Fora da Caixa realizados durante o ano que agora chega ao fim e que ocorreram nas mais diversas regiões do país, a saber, Porto, na ilha do Pico, em Sines, Famalicão, Oeiras, Covilhã, Funchal, Figueira da Foz e, finalmente, em Lisboa.

Seguiu-se uma entrevista ao Ministro das Finanças, Fernando Medina, moderada pelo jornalista do Expresso, João Silvestre. Fernando Medina mostrou-se otimista relativamente ao último trimestre do ano, tendo em conta o comportamento mais positivo nos meses do verão. "Antecipo também que no quarto trimestre o crescimento venha a ser positivo, contrariando os mais pessimistas, que adiavam que o PIB ia cair”, salientou.

No terceiro trimestre, o crescimento acelerou 0,4%, face à taxa de 0,1%, registada nos três meses anteriores, já que o consumo privado cresceu inesperadamente, apesar dos níveis recorde da inflação, resultados que Fernando Medina atribui ao comportamento positivo da Economia e à recuperação pós-pandemia. "Estamos com 80% da capacidade produtiva a ser utilizada e temos uma taxa de desemprego baixa", apesar de reconhecer a falta de mão-de-obra em alguns setores. Passou, ainda, em revista os impactos na Economia europeia relativos à guerra na Ucrânia, que provocaram uma subida no preço da energia e dos produtos agrícolas.

Seguidamente, o Presidente da Comissão Executiva da Caixa, Paulo Moita de Macedo, fez uma apresentação sobre os desafios para as empresas e para a Banca em 2023, destacando que as empresas procuram, atualmente, fornecedores mais próximos dos centros de produção, face às disrupções das cadeias logísticas de produtos oriundos da Ásia. Segundo Paulo Moita de Macedo “A Banca tem, nesta altura, custos de risco mais baixos”, identificando que “onde esse custo está mais alto é nas empresas que já estavam em dificuldades antes da pandemia”.

O CEO da Caixa salientou ainda que as empresas costumavam investir em tecnologia para reduzir os custos, mas que hoje investem neste setor porque entendem que “daqui a dois ou três anos, haverá escassez de mão-de-obra”. Relativamente à Banca, admitiu que esta “está mais bem preparada para enfrentar esta crise, mas sem euforias”. “Depois dos prejuízos entre 2011 e 2016, só agora, com os resultados de 2022, é que a Caixa está com a sua rentabilidade mais equilibrada”.

O último painel da tarde reuniu um grupo de empresários para discutir os desafios do setor empresarial, onde participaram Gonçalo Quadros, CEO da Critical Software, José Domingos Silva, CEO da Omatapalo, e Francisco Cary, Administrador Executivo da Caixa. Em debate estiveram os novos modelos de negócio, a cultura da empresa e o teletrabalho, bem como a capacidade de reter talento, num mercado que está em transformação.

Por fim, o músico Rodrigo Leão, acompanhado por um grupo de violinistas, encheu o auditório Emílio Rui Vilar com a sua música.

Após o concerto Rodrigo Leão foi entrevistado por Rui Miguel Abreu, radialista da rádio Antena 3 e jornalista do Expresso e do Blitz.

Em 2023, os Encontros Fora da Caixa continuarão a acompanhar de perto a atualidade e a evolução do contexto macroeconómico do país e do mundo.

Veja a Reportagem do evento aqui.

Acesso Caixadirecta

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