EFC - Vila Nova de Gaia

25 jan 2023

“2023: desafios para as empresas”

A 24 de janeiro, no Hotel Hilton em Vila Nova de Gaia, realizou-se o primeiro Encontro Fora da Caixa do ano, sob o tema: 2023: desafios para as empresas”, uma oportunidade para ouvir debater as tendências macroeconómicas e os novos desafios para o setor empresarial, no ano que está a começar.

António Morais, Presidente do Conselho de Administração da Caixa, assegurou a abertura da conferência afirmando que, para as pessoas ou empresas, é: “o propósito, o projeto, o objetivo, o rumo que for traçado - centrado naquilo que se consiga antecipar como certo ou quase certo - mantendo o foco, a determinação e a ambição, mesmo perante aquilo que não conseguimos pré-determinar, que permitirá afirmar que o ano de 2023 foi um sucesso.”

Relativamente a 2022, “que para muitas empresas correu melhor do seria expectável”, António Morais referiu que os empresários portugueses “racionalizaram processos de produção, repensaram as cadeias logísticas de escoamento dos seus produtos, soluções e fornecedores de energia, redesenharam ambientes e fluxos de trabalho e estão hoje mais bem preparadas para enfrentar os desafios que aí vêm”.

Paulo Moita de Macedo, Presidente da Comissão Executiva, centrou a sua apresentação nos 6 desafios dos CEO´s para 2023, respetivamente:

1.Melhorar a competitividade;
2.Refazer as cadeias de abastecimento das empresas;
3.Reequacionar novos modelos de negócio, face ao aceleramento induzido pelas tecnologias;
4.Considerar novos riscos para as empresas tendo em conta fatores como: as alterações climáticas, alterações geoestratégicas e políticas, a evolução do custo de energia e de vida com a inflação;
5.Potenciar e valorizar o capital humano;
6.A melhoria contínua da governação nas empresas, sobretudo com a responsabilidade das práticas ESG.

Na sua intervenção, o Presidente da Comissão Executiva da Caixa, salientou que: “ A banca tem estado a tomar consciência que as empresas estão a precisar de mais capital circulante, portanto, precisam de mais fundo de maneio. Justifica dizendo: “ porque têm de fazer mais stocks, têm que dar algum crédito aos seus clientes, porque as margens compensam e podem fazer ali algum esforço adicional”.

Nesta medida a Caixa "está cá para fazer negócio" e para "aumentar os seus volumes de crédito", bem como para servir a globalidade dos seus clientes e continuar a ter a maior base de clientes.

"Queremos que os clientes possam fazer tudo connosco, as várias operações financeiras, ou de seguros. Queremos manter a nossa liderança em várias áreas", disse. Reiterou que a Caixa tem: "liquidez suficiente para poder financiar as pessoas, as empresas e os bons projetos".

Seguiu-se uma entrevista de Nuno Rangel, CEO da Rangel Logistics Solutions, à jornalista Cátia Mateus no podcast do Expresso, “O CEO é o Limite”. Neste podcast o CEO do Grupo Rangel - uma empresa familiar que cresceu e se transformou num dos maiores grupos de logística em Portugal, que começou o seu processo de internacionalização em 2007, estando hoje presente em nove países - , partilhou as suas preocupações e desafios para o ano em curso.

O painel de debate, moderado pela jornalista da SIC Notícias, Cristina Freitas, reuniu em palco Francisco Cary, administrador executivo da Caixa e os representantes de três empresas distinguidas com os Prémios Expresso PME Caixa Top, entregues horas antes, respetivamente: Joaquim Ferreira, CFO da Artevasi; João Lemos, Administrador da Istore; Tiago Vasconcelos, Sócio Gerente da ISETE.

Em conjunto debateram o impacto dos diversos desafios que se colocam às empresas em 2023: a inflação, a guerra, os entraves às cadeias logísticas de abastecimento, o preço da energia, a sustentabilidade, a falta de mão-de-obra qualificada e não qualificada, a retração do consumo, a instabilidade política em Portugal, na Europa e no mundo.

De forma consensual, concluiu-se que a maior prioridade para 2023 devem ser as pessoas, devendo ser dadas, dentro das empresas, melhores condições de trabalho e melhores salários, devendo o Estado focar a sua preocupação nas famílias, que estão a passar dificuldades.

Por fim, o músico Pedro Abrunhosa esteve à conversa com Luís Braga da Cruz, presidente do Conselho de Curadores da Universidade do Porto, onde se abordou o tema da regionalização, ou da falta dela, o exemplo de gestão que tem sido praticado no Museu de Serralves, o desordenamento florestal e o aumento significativo do contributo para o crescimento do PIB da Região Norte face a Lisboa.

Pedro Abrunhosa brindou os presentes deste Encontro Fora da Caixa com dois temas do seu primeiro álbum: “É preciso ter calma” e “ Não posso mais”.

Acesso Caixadirecta

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