A Índia Portuguesa em 1887

Um relatório sobre a Índia na história do BNU

Um relatório de 1887 elaborado por A. F. Nogueira, no âmbito da sua visita às agências e sucursais do BNU da África Oriental e da Índia, com a incumbência de as examinar e fiscalizar , e que veio posteriormente a ser anexado ao relatório anual do BNU.

Filial do BNU de Nova Goa

Em 1868, o Governador do Banco Nacional Ultramarino, Oliveira Chamiço nomeava interinamente o Sr. Jerónimo Salvador Sócrates da Costa como gerente da agência de Goa, na Índia. No mesmo ano, ainda se esperava a escolha dos indivíduos que deveriam formar a comissão consultiva junto daquela agência.

Efetivamente, a agência do BNU de Goa foi inaugurada em março de 1868, concretizando um dos desígnios dos estatutos do BNU, nomeadamente o de abrir filiais em cada uma das capitais do império colonial português.

Nos primeiros relatórios de atividade do banco referentes à agência de Goa, não existem grandes acontecimentos que mereçam uma menção especial. Verdadeiramente entre 1868 e 1876 não são registados factos de grande destaque.

As exceções são as noticias frequentes, de que que a falta de navegação direta entre a capital e Goa prejudicava muito as relações comerciais com aquela parte dos domínios portugueses.

No entanto, em 1877, o inspetor do BNU, A.L. dos Santos na sua visita à Índia, estabeleceria uma nova agência do Banco em Nova Goa (atual Pangim), e uma outra em Bombaim, de que se encarregaria a filial do Comptoir d’ Escompre, de Paris.

Como veremos mais abaixo no texto, a inauguração da agência de Bombaim tentava atenuar um erro estratégico, cometido por Portugal no seculo XVI, ao doar a cidade de Bombaim ao império britânico.

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Miguel Costa
Gabinete do Património Histórico da CGD
Março de 2013

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