Pedro Augusto Franco

O Conselheiro de Sua Majestade

O terceiro presidente da Caixa, Pedro Augusto Franco, viria a ser nomeado Par do Reino e Conselheiro do Rei.

Pedro Franco assumiu o cargo de presidente da Caixa no início de 1881, após a morte do seu antecessor, Joaquim Gonçalves Mamede, em dezembro do ano anterior. A assunção ao cargo adveio-lhe por inerência da posição que ocupava como Presidente da Junta do Crédito Público.

O “Conde o Restello”, como ele assinava nos Relatórios e Contas, desenvolveu uma importantíssima atividade reformadora na Caixa fruto, não apenas da sua competência, mas beneficiando do apoio político que granjeara no Partido Progressista, na altura no poder.

Nesta senda reformista propõe, em 1882, a criação da “Caixa de Crédito Móvel Popular”, na perspetiva de um complemento da recém criada Caixa Económica Portuguesa (1880), a qual forneceria os capitais para a atividade creditícia daquela. Em 1885, sob a sua administração é criada a Caixa Nacional de Aposentações (administrada pela CGD) para “todos os funcionários públicos civis do Continente e Ilhas Adjacentes … que tenham direito à aposentação”. Já quase no final do seu mandato ainda viria a criar, em 1892, o “Monte de Piedade Nacional” com o objetivo de conceder empréstimos com penhor de bens.

Faziam parte do seu conselho de gerência: Manuel Alves do Rio, Manuel António de Seixas, José Augusto da Gama, José Luis Teixeira Gama, os quais transitaram da administração anterior, e ainda Fernando Luis de Sousa Coutinho, José da Silveira Viana e José Joaquim Alves Chaves.

A sua relação com a Caixa não cessaria com o final do seu mandato como Presidente, em 1892, nem em 1893 como Presidente da Comissão Fiscalizadora da Caixa, a qual passou a gerir a CGD. Deixando de ter funções de administração, Pedro Augusto Franco ocupou ainda entre 1896 e 1902, o cargo de Presidente do Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos.

Na vida politica do Conde do Restelo é de salientar a sua atividade como deputado, presidente e vereador da Câmara Municipal de Lisboa entre 1894 e 1908. De grande prestígio político, viria ainda a ser nomeado para “par do reino” e Conselheiro do Rei.

Gabinete do Património Histórico da CGD
Abril de 2011

Acesso Caixadirecta

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