01T2022 - Resultados

12 mai. 2022

Caixa Geral de Depósitos apresenta os Resultados Consolidados do 1º trimestre de 2022

(Informação financeira não auditada)

Caixa passa, após 11 anos, a ser reconhecida como investment grade pelas três agências internacionais que lhe atribuem rating. Resultado líquido de 146 M€ com uma rentabilidade de 7,2% (ROE). Plano Estratégico 2021-2024 em execução.

No 1º trimestre de 2022, o Grupo Caixa Geral de Depósitos gerou um resultado líquido consolidado de 146 milhões de euros, (+80,5% face a 1T2021), equivalente a uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 7,2%.

Em março de 2022, a Fitch elevou o rating atribuído à Caixa para investment grade pela primeira vez desde a perda dessa categoria há 11 anos. A Caixa passou assim, a ser reconhecida como investment grade pelas três agências internacionais que acompanham o seu rating.

Prosseguiu-se a execução do Plano Estratégico 2021-2024 concretizando a ambição da Caixa de continuar a ser um banco líder no serviço ao cliente e à sociedade, suportando em 2024 níveis de desempenho alinhados às práticas da banca europeia em rentabilidade e solidez de capital.

O volume de negócios teve um crescimento de 1,6 mil milhões de euros face a 2021, registando crescimentos no crédito e nos recursos, com a atividade internacional a acompanhar o crescimento em Portugal, com um aumento acima de 650 milhões de euros.

No primeiro trimestre, a produção crédito a empresas aumentou 8,6% contrariando a descida verificada no mercado enquanto a carteira de crédito a PME (Pequenas e Médias Empresas) cresceu 9%. De destacar, o crescimento da venda de produtos core para as empresas como os seguros não-financeiros (+33%), as garantias bancárias (+18%) e o factoring e confirming (+29%), evidenciando-se a vertente de contratação da plataforma Flexcah cujo crescimento foi de 35% quando comparado ao primeiro trimestre de 2021.

No negócio de particulares em Portugal, a produção de crédito à habitação cresceu 20,3% no trimestre atingido 871 milhões de euros. Já o crédito ao consumo registou um aumento da sua produção de 65%, fruto do investimento na melhoria da qualidade de serviço e a redução do prazo de aprovação e desembolso de fundos.

Os depósitos de clientes aumentaram 900 milhões de euros (+1,3%) no trimestre em Portugal, com destaque para o segmento de empresas (+3,3%).

O número de clientes ativos na utilização da banca digital voltou a aumentar sendo de 2,1 milhões no final de março de 2022, enquanto o número de operações financeiras no trimestre registou um aumento de 9% face ao período homólogo.

O rácio de cost-to-income corrente continua a apresentar uma descida sustentada, para 49%, refletindo os ganhos em níveis de eficiência e a melhoria dos proveitos.

A qualidade dos ativos manteve-se estável com o rácio de NPL líquido de imparidades totais em 0% (zero), enquanto os imóveis detidos para venda reduziram 8,2% para 368 milhões de euros, o valor mais baixo desde 2008. As novas imparidades de crédito alcançaram 22,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022 e as recuperações 21,6 milhões de euros correspondendo a um custo de risco de crédito de 1 p.b., regressando a níveis pré-pandemia.

A atividade internacional teve um contributo para o resultado líquido do Grupo de cerca de 26% do total, totalizando um valor de 37,9 milhões de euros, um crescimento de 29% face ao primeiro trimestre de 2021.

Os custos regulatórios para o ano de 2022, num total de 73,5 milhões de euros, foram contabilizados na íntegra no primeiro trimestre, como tem sido prática na Caixa.

A Caixa continua a apresentar uma robusta posição de capital, com o rácio CET1 em 18,2% (fully loaded), acima da média dos bancos Portugueses e Europeus. Os rácios Tier 1 e Total situaram-se em 18,3% e 19,7%, respetivamente. Os requisitos de capital regulamentar aplicáveis em 2022 apresentam uma redução do requisito de Pilar 2 de 2,25% para 2,00%, enquanto a média dos bancos europeus subiu.

Esta forte solvência e a melhoria da perceção do supervisor sobre o risco global da instituição permitiu o reembolso antecipado da emissão de fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1), no montante de 500 milhões de euros a 30 de março de 2022, a primeira data prevista contratualmente para o exercício da call. Esta emissão perpétua tinha sido realizada em março de 2017, no âmbito do Plano de Recapitalização acordado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, com uma taxa de juro de 10,75%, pelo que o seu reembolso vai permitir importantes poupanças anuais em juros e aumentar a capacidade de geração orgânica de capital.

No início de 2022, foram atualizados os requisitos de MREL (Minimum Requirement for Own Funds and Eligible Liabilities) aplicáveis à Caixa a partir de 1 de janeiro de 2024 para valores dentro do previsto.
A Caixa estima que os impactos diretos da invasão da Rússia à Ucrânia não têm materialidade direta na sua atividade atendendo à exposição residual da Caixa e das empresas portuguesas, em geral, a estes dois países.

Aviso

As demonstrações financeiras foram preparadas com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, e das disposições do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de fevereiro. A informação financeira reportada é não auditada.

A participação acionista no Banco Comercial do Atlântico (BCA) deixou, em dezembro de 2021, de estar classificada em “Ativos não correntes detidos para venda”. Por esta razão e em conformidade com o disposto na IFRS 5 “Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas” a demonstração de resultados de 31 de março de 2021 da atividade consolidada foi reexpressa.

Os valores e rácios apresentados reportam-se a 31 de março de 2022, exceto menção em contrário. Os mesmos poderão ser valores estimados, sujeitos a alteração aquando da sua determinação definitiva. Os rácios de solvabilidade incluem o resultado líquido do período, salvo indicação específica.

A atividade económica global desacelerou nos meses iniciais de 2022, devido ao impacto da nova vaga da pandemia e da invasão da Ucrânia pela Rússia, no final de fevereiro, que implicou uma deterioração das perspetivas de crescimento da economia global no curto prazo e maiores pressões inflacionistas.

As perspetivas para o crescimento da economia portuguesa no período 2022-24 foram revistas em baixa, pelo Banco de Portugal e a inflação será substancialmente mais elevada. A instabilidade geopolítica implica que a magnitude do impacto económico do conflito é incerta, envolvendo o risco de materialização de cenários mais adversos.

Em face deste contexto, tendo por referência a informação disponível à data, a Caixa estimou e refletiu nas suas demonstrações financeiras do período findo em 31 de março de 2022 a sua melhor estimativa dos efeitos financeiros decorrentes destes eventos, incluindo no que se refere à valorização dos seus ativos e à mensuração das perdas esperadas na carteira de crédito, os quais serão sujeitos a monitorização e revisão contínua.

O presente documento destina-se apenas a disponibilizar informação de caráter geral, não constituindo aconselhamento sobre investimento ou aconselhamento profissional, nem podendo ser interpretado como tal.

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